Adriano Suassuna, poeta,
advogado, dramaturgo, romancista, advogado,
ensaísta
e professor. Ariano Vilar Suassuna nasceu na cidade de Nossa Senhora
das Neves, hoje João Pessoa, capital da Paraíba, em 16 de junho de 1927. Durante
a Revolução de 1930, seu pai, ex-governador da Paraíba e então deputado
federal, foi assassinado por motivos políticos, no Rio de Janeiro. Foi radicalmente
contra a mudança do nome da cidade onde nasceu, para João Pessoa, nome em
homenagem ao governador que também teve morte semelhante. Em Recife,
terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de
Direito, formando-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Fundou o
Teatro do Estudante de Pernambuco. Escreveu sua primeira peça “Uma Mulher
Vestida de Sol”. Em 1955, escreveu o “Auto da Compadecida”, numa visão
cristã, sem discussões teológicas, onde denunciou o preconceito, a corrução e a
hipocrisia, sendo conhecido em todo o país, adaptada para a TV e cinema. Funda
o Teatro Popular do Nordeste, e monta as peças “Farsa da Boa Preguiça”, e “A
Caseira e a Catarina”, dedicando-se às aulas de Estética na UFPE, defende a
tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre
a Cultura Brasileira. Com o “Movimento Armorial, e consegue juntar nomes
expressivos da música erudita nordestina ao movimento. Com o concerto “Três
Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial”, uma exposição de
gravura, pintura e escultura, tenta despertar as artes do país. Construiu
em São José do Belmonte, um santuário ao ar
livre, com 16 esculturas de pedra, de 3,50 m de altura cada, dispostas em
círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de
Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, padroeiro do município. Teve a obra
inédita e póstuma publicada em 2017, “A Ilumiara – Romance de Dom Pantero
no Palco dos Pecadores”, onde sua família, reunindo os escritos que Suassuna levou
trinta anos para escrever, é dividida em dois volumes, “O Jumento Sedutor” e “O
Palhaço Tetrafônico” considerada seu "testamento literário",
finalizada pouco antes de sua morte. Dizia: Nessa nova obra, estou tentando
fundir o dramaturgo, o romancista e o poeta num só. Por isso a considero como
minha obra definitiva. Ariano morreu no dia 23 de julho
de 2014 no Recife,
vítima de uma parada cardíaca.
Obras
Uma mulher vestida de
Sol (1947)
Cantam as harpas de Sião ou O
desertor de Princesa (1948)
Os homens de barro (1949)
Auto de João da
Cruz (1950)
Torturas de um
coração (1950)
O arco desolado (1952)
O castigo da soberba (1953)
O Rico
Avarento (1954)
Auto da Compadecida (1955)
O casamento
suspeitoso (1957)
O santo e a
porca (1957)
O homem da vaca e o poder da
fortuna (1958)
A pena e a lei (1959)
Farsa da boa
preguiça (1960)
A Caseira e a Catarina (1962)
As conchambranças de
Quaderna (1987)
Fernando e Isaura (1956,
inédito até 1994)
Romance
A História de amor de Fernando
e Isaura (1956)
O Romance d'A
Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971)
História d'O Rei Degolado nas
caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana (2015)
A Ilumiara – Romance de Dom
Pantero no Palco dos Pecadores (2017) – póstuma
Poesia
O pasto
incendiado (1945-1970)
Ode, (1955)
Sonetos com mote alheio (1980)
Sonetos de Albano
Cervonegro (1985)
Poemas (antologia) (1999)
Os homens de barro (1949)
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