quinta-feira, 11 de junho de 2020

Ariano Suassuna




Adriano Suassuna, poeta, advogado, dramaturgoromancista, advogado, ensaísta e professor. Ariano Vilar Suassuna nasceu na cidade de Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, capital da Paraíba, em 16 de junho de 1927. Durante a Revolução de 1930, seu pai, ex-governador da Paraíba e então deputado federal, foi assassinado por motivos políticos, no Rio de Janeiro. Foi radicalmente contra a mudança do nome da cidade onde nasceu, para João Pessoa, nome em homenagem ao governador que também teve morte semelhante. Em Recife, terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito, formando-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Escreveu sua primeira peça “Uma Mulher Vestida de Sol”. Em 1955, escreveu o “Auto da Compadecida”, numa visão cristã, sem discussões teológicas, onde denunciou o preconceito, a corrução e a hipocrisia, sendo conhecido em todo o país, adaptada para a TV e cinema. Funda o Teatro Popular do Nordeste, e monta as peças “Farsa da Boa Preguiça”, e “A Caseira e a Catarina”, dedicando-se às aulas de Estética na UFPE, defende a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira. Com o “Movimento Armorial, e consegue juntar nomes expressivos da música erudita nordestina ao movimento. Com o concerto “Três Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial”, uma exposição de gravura, pintura e escultura, tenta despertar as artes do país. Construiu em São José do Belmonte, um santuário ao ar livre, com 16 esculturas de pedra, de 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, padroeiro do município. Teve a obra inédita e póstuma publicada em 2017, “A Ilumiara – Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores”, onde sua família, reunindo os escritos que Suassuna levou trinta anos para escrever, é dividida em dois volumes, “O Jumento Sedutor” e “O Palhaço Tetrafônico” considerada seu "testamento literário", finalizada pouco antes de sua morte. Dizia: Nessa nova obra, estou tentando fundir o dramaturgo, o romancista e o poeta num só. Por isso a considero como minha obra definitiva. Ariano morreu no dia 23 de julho de 2014 no Recife, vítima de uma parada cardíaca.

Obras
Uma mulher vestida de Sol (1947)
Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa (1948)
Os homens de barro (1949)
Auto de João da Cruz (1950)
Torturas de um coração (1950)
O arco desolado (1952)
O castigo da soberba (1953)
O Rico Avarento (1954)
Auto da Compadecida (1955)
O casamento suspeitoso (1957)
O santo e a porca (1957)
O homem da vaca e o poder da fortuna (1958)
A pena e a lei (1959)
Farsa da boa preguiça (1960)
A Caseira e a Catarina (1962)
As conchambranças de Quaderna (1987)
Fernando e Isaura (1956, inédito até 1994)
Romance
A História de amor de Fernando e Isaura (1956)
O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971)
História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana (2015)
A Ilumiara – Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores (2017) – póstuma
Poesia
O pasto incendiado (1945-1970)
Ode, (1955)
Sonetos com mote alheio (1980)
Sonetos de Albano Cervonegro (1985)
Poemas (antologia) (1999)
Os homens de barro (1949)



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