quinta-feira, 11 de junho de 2020

Lygia Fagundes Telles



Lygia Fagundes Telles, advogada, romancista e contista.  Lygia de Azevedo Fagundes, nasceu em São Paulo, em 19 de abril de 1923. Filha de promotor público, e mãe pianista, desde cedo demostrou interesse pelas letras. Aos oitos anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde permaneceu 5 anos. De volta a São Paulo, ingressou na Escola Superior de Educação Física, e aos 18 fez em paralelo o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco. Colaboradora de dois jornais vinculados à Academia de Letras da Faculdade passou a frequentar locais em que se reuniam diversos literatos, onde conheceu Mario e Oswald de Andrade. Seu pai financiou seu primeiro livro de contos, “Porão e Sobrado”, o sucesso se repetiu com “Praia Viva”. Aos 24, casou-se com um de seus professores de Direito com quem teve um filho. Separou-se 3 anos depois, para casar-se com um crítico de cinema. A seguir escreveu “O Cacto Vermelho” e seu primeiro romance, Ciranda de Pedra”, publicado em 1954, tornando-a nacionalmente conhecida. Em 1973, o romance "As meninas” foi transformado em filme em 1995. Em 1987, tomou posse da cadeira número 16 da Academia Brasileira de Letras. Muitos livros da escritora foram publicados em outros países: Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Suécia, Estados Unidos, dentre outros. Em 2000, publicou o livro Invenção e Memória,  considerado por ela como seu melhor livro, disse: "Sou como as mães em relação a seus filhos: o caçula é sempre o que recebe mais atenção."  Em 2012 publicou Um Coração Ardente”, e em 2016, foi indicada ao Prêmio Nobel de Literatura. Lygia se diz influenciada por Machado de Assis especialmente por sua "ambiguidade, o texto enxuto, a análise social e a ironia fina, tendo ela realizado a adaptação para o cinema do romance Dom Casmurro, intitulado Capitu. Lygia Fagundes Telles é  conhecida como "a dama da literatura brasileira" e "a maior escritora brasileira viva".

Algumas Obras
Contos
Porão e sobrado (1938)
Antes do Baile Verde (1970)
Seminário dos Ratos (1977)
Mistérios (1981)
Invenção e Memória (2000)
Romances
Ciranda de Pedra (1954)
Verão no Aquário (1964)
As Meninas (1973)
As horas nuas (1989)
A Noite Escura e Mais Eu, contos, 1995
Invenção e Memória, contos, 2000
Biruta, contos, 2004
Histórias de Mistérios, contos, 2004
Conspiração de Nuvens, contos, 2007
Passaporte para a China, contos, 2011

Frases:
Tentei ser moderna, mas não deu. É sensual a relação que tenho com minha máquina de escrever.”
“Não acho maravilhoso envelhecer. A gente envelhece na marra, porque não há mesmo outro jeito, já fui a tantas estações de águas, já bebi de tantas fontes – onde a Fonte da Juventude, onde?”
“Sabendo interpretar o que lê, o estudante organiza as ideias e produz bom texto. O resto é conversa, falsa teoria.”
“Tão difícil a vida e seu ofício. E ninguém ao lado para receber a totalidade dos seres humanos, isso nos últimos anos da sua vida sem muita ilusão...”
“Quero ficar só. Gosto muito das pessoas, mas às vezes tenho essa necessidade voraz de me libertar de todos.”
“A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza.”


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