segunda-feira, 1 de junho de 2020

Gonçalves Dias


Gonçalves Dias, poeta, professor, jornalista e teatrólogo brasileiro. Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, no Maranhão, em 10 de agosto de 1823.  Romantizou o tema índio e foi grande poeta indianista da 1ª Geração Romântica e um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº. 15 da Academia Brasileira de Letras. Na infância ajudou seu pai, comerciante português, e teve aulas particulares. Com 15 anos viajou para Coimbra e ingressou no Colégio das Artes, onde concluiu o curso secundário e dois anos depois, entrou para a Universidade de Direito de Coimbra, formando-se em Direito. No período em que lá esteve conheceu, dentre outros, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Feliciano de Castilho e escreveu a maior parte de suas obras, inclusive a famosa “Canção do Exílio”. Aos 22, já formado, retornou para o Maranhão, e em 1846 foi morar no Rio de Janeiro para integrar-se ao meio literário, conseguindo sucesso e reconhecimento do público, quando publicou “Primeiros Cantos”, Ao apresentar o livro, confessou, ter dado o nome, para que não fossem as últimas, tanto que dois anos depois, publica "Segundos Cantos".
Aos 26 anos, é nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II e escreveu para jornais e revistas, e cria a Revista Literária Guanabara. Antes de regressar ao Maranhão, publica o livro, “Últimos Cantos", e no seu estado natal, se apaixona, mas, não tem o consentimento da família dela para se casar por ser mestiço.  Mais tarde casa-se com outra pessoa. Exercendo o cargo de oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros, vai  à Europa diversas vezes e em 1854, em Portugal, encontra-se com a primeira amada, já casada, que o inspirou a escrever o poema "Ainda Uma Vez — Adeus!". Retorna em 1862 à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarca de volta no navio francês Ville de Boulogne no dia 10 de setembro de 1864, que naufraga próximo do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, vindo a falecer no dia 3 de novembro de 1864.

Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde Canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Obras de Gonçalves Dias
Beatriz Cenci, teatro, 1843
Canção do Exílio, 1843
Patkull, teatro, 1843
Meditação, 1845
O Canto do Piaga, 1846
Primeiros Cantos, 1847
Leonor de Mendonça, 1847
Segundos Cantos, 1848
Sextilhas do Frei Antão, 1848
Últimos Cantos, 1851
I - Juca Pirama, 1851
Cantos, 1857
Os Timbiras,1857 (inacabado)
Dicionário da Língua Tupi, 1858
Liria Varia, 1869, obra póstuma)
Canção do Tamoio
Leito de Folhas Verdes
Marabá
Se se Morrer de Amor
Ainda Uma Vez 
Seus Olhos
Canto de Morte
Meu Anjo, Escuta
Olhos Verdes
O Canto do Guerreiro
O Canto do Índio
Se Te Amo, Não Sei


Nenhum comentário:

Postar um comentário