quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Olavo Bilac


Olavo Bilac jornalista, o príncipe dos poetas brasileiros, foi contista, cronista e poeta brasileiro. 
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 16 de dezembro de 1865  foi o principal representante do parnasianismo, mas, deu atenção à literatura infantil. Ativo republicano e nacionalista, defensor do serviço militar obrigatório. É dele a letra do Hino à Bandeira. Seu pai era médico, e fazia gosto para que o filho se formasse médico, chegou a entrar para a faculdade, como também a de direito, mas, as letras falaram mais alto, dando mais valor ao seu trabalho na redação da Gazeta Acadêmica. Seu contato com intelectuais e políticos da época, e com um cargo público, de inspetor escolar, época onde se dava muita importância aos cargos escolares, principalmente o de professor, foi aos poucos se profissionalizando. Fundindo o Parnasianismo francês e a tradição lusitana, dando preferência às formas fixas do lirismo, especialmente ao soneto, seus sonetos eram decorados e declamados em toda parte, nos saraus e salões literários. Com a publicação do soneto "Sesta de Nero" no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884, faz a sua estreia como poeta. Inspirou-se na antiguidade grega e romana, também em “O Incêndio de Roma”, bem como dedicou-se a temas de caráter histórico-nacionalista, como em “O Caçador de Esmeraldas”, celebrando os feitos, a desilusão e a morte do bandeirante Fernão Dias. Seus poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e poesias satíricas, cujas as publicações periódicas em jornais e revistas, utilizando-se de muitos pseudônimos. As poesias de amor e sensualidade possuíam versos vibrantes, e plenos de emoção. Fugindo um pouco do parnasianismo o livro “Alma Inquieta” traz poemas onde predomina o tom meditativo e melancólico, como o livro “Tarde”, com constante preocupação com a morte e sentido da vida. Seu lado político também intenso, ferrenho opositor do marechal Floriano Peixoto, acabou levando-o a prisão. Por quatro meses esteve detido na Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro. No particular, não se deu bem no amor. Teve dois noivados desfeitos, daí não constituiu família. Dedicou os últimos anos de sua vida à propaganda do serviço militar obrigatório, fazendo conferências em várias capitais, em campanhas democráticas e civis. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira nº 15. Em 1917, recebeu o título de professor honorário da Universidade de São Paulo. Faleceu aos 53 anos, em 28 de dezembro de 1918, no Rio de Janeiro.
Obras:
Alma inquieta;
Antologia poética;
Através do Brasil;
Conferências literárias;
Contos Pátrios;
Crítica e fantasia;
Crônicas e novelas;
Dicionário de rimas;
Hino à Bandeira;
Ironia e piedade, crônicas;
Língua Portuguesa, soneto sobre a língua portuguesa;
Livro de Leitura;
Poesias;
Tarde;
Teatro Infantil;
Tratado de Versificação;
Tratado de versificação;


Frases

Há quem me julgue perdido, porque ando a ouvir estrelas. Só quem ama tem ouvido para ouvi-las e entende-las…“

Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.



Língua Portuguesa

"Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!"

Hino à Bandeira
Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!


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