Olavo
Bilac jornalista, o
príncipe dos poetas brasileiros, foi contista, cronista e poeta brasileiro.
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 16 de
dezembro de 1865 foi o principal representante do parnasianismo,
mas, deu atenção à literatura infantil. Ativo republicano e nacionalista,
defensor do serviço militar obrigatório. É dele a letra do Hino à Bandeira. Seu pai era médico, e fazia
gosto para que o filho se formasse médico, chegou a entrar para a faculdade,
como também a de direito, mas, as letras falaram mais alto, dando mais valor ao
seu trabalho na redação da Gazeta Acadêmica. Seu contato com intelectuais
e políticos da época, e com um cargo público, de inspetor escolar, época onde se
dava muita importância aos cargos escolares, principalmente o de professor, foi
aos poucos se profissionalizando. Fundindo
o Parnasianismo francês e a tradição lusitana, dando preferência às formas
fixas do lirismo, especialmente ao soneto, seus sonetos eram decorados e
declamados em toda parte, nos saraus e salões literários. Com a publicação do soneto "Sesta de
Nero" no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884, faz a sua
estreia como poeta. Inspirou-se na antiguidade grega e romana, também em “O
Incêndio de Roma”, bem como dedicou-se a temas de caráter
histórico-nacionalista, como em “O Caçador de Esmeraldas”, celebrando os feitos, a desilusão e
a morte do bandeirante Fernão Dias. Seus
poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e poesias satíricas, cujas
as publicações periódicas em jornais e revistas, utilizando-se de muitos pseudônimos.
As poesias de amor e sensualidade possuíam versos vibrantes, e plenos de
emoção. Fugindo um pouco do parnasianismo o livro “Alma Inquieta” traz poemas onde
predomina o tom meditativo e melancólico, como o livro “Tarde”, com constante preocupação
com a morte e sentido da vida. Seu lado político também intenso, ferrenho opositor
do marechal Floriano Peixoto, acabou levando-o a prisão. Por quatro meses esteve
detido na Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro. No
particular, não se deu bem no amor. Teve dois noivados desfeitos, daí não constituiu
família. Dedicou os últimos anos de sua vida à propaganda do serviço militar
obrigatório, fazendo conferências em várias capitais, em campanhas democráticas
e civis. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira nº
15. Em 1917, recebeu o título de professor honorário da Universidade de São Paulo. Faleceu aos 53
anos, em 28 de dezembro de 1918, no Rio de Janeiro.
Obras:
Alma inquieta;
Antologia poética;
Através do Brasil;
Conferências literárias;
Contos Pátrios;
Crítica e fantasia;
Crônicas e novelas;
Dicionário de rimas;
Hino à Bandeira;
Ironia e piedade, crônicas;
Língua Portuguesa, soneto sobre
a língua portuguesa;
Livro de Leitura;
Poesias;
Tarde;
Teatro Infantil;
Tratado de Versificação;
Tratado de versificação;
Frases
Há quem me julgue
perdido, porque ando a ouvir estrelas. Só quem ama tem ouvido para ouvi-las e
entende-las…“
Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto
dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.
Língua
Portuguesa
"Última
flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela…
Amo-te
assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu
viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da
voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!"
Hino à Bandeira
Salve lindo
pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio
formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Contemplando o
teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Sobre a imensa
Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

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