domingo, 10 de novembro de 2019

Jardel Flho


Jardel Filho, foi um ator que honrou sobremaneira a arte de representar. Nascido em São Paulo em 24 de julho de 1927. De família tradicional de artistas, 
Jardel Frederico De Bôscoli Filho nasceu durante uma temporada teatral que seus pais promoveram na cidade, e a família logo voltou para o Rio de Janeiro, então capital federal. Estudou no Colégio Militar, antes de seguir a carreira artística. Tentou a carreira militar, mas o palco do teatro o atraiu. Estreou como ator profissional,  em 1947, no elenco de “Os Comediantes”, sob a direção de Zbigniew Ziembinski. Sua primeira atuação foi na peça Desejo, de Eugene O’Neill, que lhe rendeu o prêmio Revelação do Ano oferecido pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Voltaria a ganhar a premiação em 1952, por sua interpretação em Jezebel, de Jean Anouih. Estreou no cinema nos filmes “Pra Lá de Boa” (1948), de Luiz de Barros, e “Dominó Negro (1949), de Moacyr Fenelon. Foi brilhante em “Era Uma Vez Um Preso, de Jean Anouilh; remontagem de “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, e “Terras do Sem Fim, adaptação do romance de Jorge Amado. recebeu o Prêmio Saci pelo desempenho em Assassinato à Domicílio”, de Frederick Knott, direção de Adolfo Celi. Teve uma longa carreira no cinema, trabalhou na Companhia Cinematográfica Vera Cruz,  filmes como "Floradas na Serra" e "Uma Pulga na Balança".e outros filmes: Macunaíma,  Pixote, a Lei do Mais FracoTerra em Transe, obra-prima de Glauber Rocha, O Bom BurguêsRio Babilônia”, o seu último trabalho no cinema, indo às telas depois da sua morte. Na televisão,  atuou em 17 novelas e minisséries: O Bofe,  Verão VermelhoO Bem-Amado,  O Homem que Deve Morrer, Fogo Sobre TerraCoração Alado, BrilhanteO Espantalho e Memórias de Amor. Essencialmente um intérprete, Jardel Filho não se engaja em nenhuma das correntes que dominam a linha de frente do teatro nos anos 1960. Avesso ao teatro de pesquisa estética, defensor do conservadorismo, declarou: "Sou um profissional, vivo disto. Não vivo em bares [...] discutindo. Trabalho sem parar. O resto é prosopopéia. Procuro contribuir com o teatro, não destruí-lo como querem algumas pessoas. [...] O teatro papai e mamãe tem que haver sempre. É o único tipo de teatro que se mantém sempre. O papai e mamãe é o teatro que o público quer e precisa", e com isto a partir dos anos 1970, sua presença nos palcos se torna mais rara, e concentra sua carreira na televisão. O personagem Drº Juarez Leão, um homem atormentado pela morte da mulher encontra em Telma a razão de continuar sendo médico e passa a lutar contra os desmandos de Odorico e sua obsessão de conseguir um defunto para inaugurar o cemitério de Sucupira, foi um personagem que marcou, Seu porte atlético, altura, rosto largo e tipo alemão, não o impediu, face a natural exuberância dramática, de moldar cada um de seus personagens. Faleceu aos 55 anos de idade, no Rio de Janeiro, em 19 de fevereiro de 1983, em plena atividade, vítima de um ataque cardíaco, quando gravava a novela "Sol de Verão", tanto que o seu personagem Heitor teve que sair da trama com uma viagem repentina.

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