sábado, 16 de novembro de 2019

Zé Trindade


Zé Trindade, era o pseudônimo de um dos grandes comediantes da década do rádio, teatro, cinema e início da TV.   Milton da Silva Bittencourt, ator, músico e poeta brasileiro, nasceu em Salvador em 18 de abril de 1915 em tradicional família baiana. Seu apelido era usado na verdade como um disfarce, pois o artista morava com uma tia que não aprovava seu trabalho, Era casado com Cleusa com quem teve quatro filhos Anayra, Regina, Ricardo e Cristina. Sua infância foi bastante sofrida. Adolescente, como "boy" de um hotel em Salvador, fez amizade com Jorge Amado e Dorival Caymmi, que, como os outros hóspedes, se divertiam principalmente com suas piadas, e também quando declamava versos de seus poemas, e cantava músicas, e não demorou para ser contratado em 1935, pela Rádio Sociedade da Bahia, no papel de um bêbado no programa Teatro Pelos Ares. A Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, tinha um grande elenco de humoristas, e em 1937, se transferiu para a capital do país, fazer parte do elenco, e nos quinze anos seguintes foi considerado, o melhor cômico do rádio. No cinema estreou em 1947 fazendo uma ponta, no filme “O Malandro e a granfina”, o que seria o início de 37 outros, dentre eles: “Rico ri à toa, “Marido de mulher boa” e ao todo foram 38 filmes de sucesso. Perfil de safado: baixinho, gordinho, bigode fininho, ninguém melhor para caracterizar o malandro. Cria os jargões: "Meu negócio é mulher" e "Mulheres, cheguei". Gravou 25 discos de música nordestina, com trovas e pensamentos, dentre elas: "Cobra que não anda", "Quadrilha no escuro", "Hoje à noite tem” e “Tira a mão daí”. Na TV, teve raras participações, chegando a atuar com Chico Anysio, e do programa humorístico “Balança, mas não cai”, e em 1986 fez uma ponta, na minissérie “Memórias De Um Gigolô”.
Faleceu em 1º de maio de 1990, em Iguaba Grande, no Rio de Janeiro, de câncer, aos 75 anos.

Filmes:
1987
Um Trem para as Estrelas
Oliveira
1976
Tem Folga na Direção
Waldemar
1974
Assim era a Atlântida
Ele mesmo
1971
Jesus Cristo Eu Estou Aqui
Coronel Piragibe
1961
Bom Mesmo É Carnaval
Polidoro
Mulheres, Cheguei!
Zeferino
1960
Marido de Mulher Boa
Anacleto
Viúvo Alegre
Príncipe Danilo Secundino de Oliveira
1959
Entrei de Gaiato
Januário Jabotão
Mulheres à Vista
João Flores
Massagista de Madame
Polidoro
Espírito de Porco
Isidoro
1958
Aguenta o Rojão
Mané Fogueteiro
O Batedor de Carteiras
Mão Leve
O Camelô da Rua Larga
Vicente
Na Corda Bamba
1957
Garotas e Samba
pai de Sérgio Carlos
Maluco por Mulher
O Negócio Foi Assim
Ator dos mambembes
Rico Ri à Toa
Tem Boi na Linha
Zebedeu
Treze Cadeiras
1956
Depois Eu Conto
Armindo Menezes "Tampinha"
Genival É de Morte
Tira a Mão Daí
1955
O Primo do Cangaceiro
Juiz Gaudêncio, de Aroeira
Trabalhou Bem Genival
O Rei do Movimento
1952
O Rei do Samba
1951
Meu Dia Chegará
Tocaia
Aguenta Firme, Isidoro
Vizinho
Anjo do Lodo
Homem Mau
1949
Inocência
Juque
1948
Fogo na Canjica
Prá Lá de Boa
O Cavalo 13
1947
O Malandro e a Granfina


Discografia:

"Só mamãe votou em mim"/"Frichilin" (1954) 
"Seu Gregório"/"Peixe de coco" (1955) 
"Pega ladrão"/"Pro santo não" (1955) 
"Quadrilha da roça"/"Taca fogo" (1956) 
"Namoro de gato"/"Cara de cachorro" (1956) 
"Marcha do capacho"/"Tô abilolado" (1957) 
"Quadrilha no escuro"/"Festança boa" (1957) 
"Meu tamanquinho"/"Eu sou Papai Noel" (1957) 
"Quadrilha pra inglês ver"/"Bandinha do Mané" (1957)
"O Chevrolet do papai"/"O negócio é perguntar pela Maria" (1959) 
"Leilão na roça"/"Quadrilha francesa" (1959) 
"Cobra que não anda"/"Marido de mulher boa" (1959) 
"Vem pro papai"/"Olhar de jacaré" (1960) 
"Miquilina"/"No dia do batizado" (1960) 
"Só não bebo leite"/"Eu quero é remeleixo" (1961) 
"Dá para quebrar o galho"/"Alô, bicudo" (1962) 
"As filhas do Malaquias"/"Hoje à noite tem" (1963) 
"Marcha do divórcio"/"Tem que rebolar" (1963) 


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