quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Adélia Prado


Adélia Prado, fará 86 anos neste 13 de dezembro. Escritora e poetisa brasileira, Adélia Luzia Prado Freitas,nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, em 1935. Com 15 anos perdeu sua mãe e passa a escrever seus primeiros versos, época que concluía o curso ginasial. Inicia o curso de Magistério e dois anos de formada começa a lecionar. Com José Assunção de Freitas, se casa, e têm cinco filhos. O casal inicia o curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis, e um ano antes de se formar, em 1972, perdeu seu pai, ocasião que envia carta com seus poemas ao poeta e crítico literário Affonso Romano de Sant'Anna, que repassa para Carlos Drummond de Andrade. Na carta dizia: "Moça feita, li Drummond a primeira vez em prosa. Muitos anos mais tarde, Guimarães Rosa, Clarice. Esta é a minha turma, pensei.  Gostam do que eu gosto. Minha felicidade foi imensa. Continuava a escrever, mas enfadara-me do meu próprio tom, haurido de fontes que não a minha. Até que um dia, propriamente após a morte do meu pai, começo a escrever torrencialmente e percebo uma fala minha, diversa da dos autores que amava. É isto, é a minha fala.Drummond sugere que publique um livro, que viria a ser “Bagagem”, e ele, Drummond faz uma chamada no Jornal do Brasil sobre o trabalho ainda inédito da escritora. Lançado no Rio, em 1976, com presenças ilustres, de: Antônio Houaiss, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Juscelino Kubitscheck, Affonso Romano de Sant'Anna, Nélida Piñon, e outros. Dois anos depois, com “O coração disparado”, recebe o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. O sucesso faz optar pela escritora em detrimento dos 24 anos de magistério. Sua peça “O Clarão”, um auto de natal é encenada em Divinópolis e no ano seguinte sob sua direção, a montagem de “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. Em 1981 dirige, o grupo que encenaria “A Invasão”, de Dias Gomes, ano em que lança “Terra de Santa Cruz”.  Foi Chefe da Divisão Cultural da Secretaria Municipal de Educação e da Cultura de Divinópolis. Participa, em 1985, em Portugal, de um programa de intercâmbio cultural entre autores brasileiros e portugueses, e em Cuba, do II Encontro de Intelectuais pela Soberania dos Povos de Nossa América. Em 1987, o espetáculo “Dona Doida”, baseado em seus textos, devido ao grande sucesso, viaja por diversos estados brasileiros e, pelos EUA, Itália e Portugal. Em 1988, em Nova York, na Semana Brasileira de Poesia, promovida pelo Comitê Internacional pela Poesia, publica “A faca no peito”, e em 1991 a “Poesia Reunida”. Em 1987 acometida de uma depressão, se afasta das letras, para em 1994, lançar o livro “O homem da mão seca”.  Onde Deus é personagem principal. A peça “Duas horas da tarde no Brasil”, é lançada em 1996. Em 2000, estreia o monólogo “Dona da casa”, em São Paulo.  Em 2001, apresenta em diversas cidades, o sarau onde declama poesias de seu livro “Oráculos de Maio” acompanhada por um quarteto. Adélia Prado revalorizou, nas letras, o papel da mulher como ser pensante, incorporando o intelectual de mãe, esposa e dona-de-casa.



OBRAS:


POESIA:



Bagagem, Imago - 1976



- O coração disparado - 1978



- Terra de Santa Cruz - 1981



- O pelicano - 1987



- A faca no peito - 1988



- Oráculos de maio - 1999



- A duração do dia - 2010



PROSA:



- Solte os cachorros - 1979



- Cacos para um vitral - 1980



- Os componentes da banda - 1984



- O homem da mão seca - 1994



- Manuscritos de Felipa - 1999



- Filandras - 2001



- Quero minha mãe - 2005



- Quando eu era pequena - 2006.




ANTOLOGIAS:



Mulheres & Mulheres - 1978



Palavra de Mulher - 1979



Contos Mineiros - 1984



Poesia Reunida - 1991



Antologia da poesia brasileira - 1994.



Prosa Reunida - 1999








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