Adélia Prado,
fará 86 anos neste 13 de dezembro. Escritora e poetisa brasileira, Adélia Luzia Prado Freitas,nasceu em
Divinópolis, Minas Gerais, em 1935. Com 15 anos
perdeu sua mãe e passa a escrever seus primeiros versos, época que concluía o
curso ginasial. Inicia o curso de Magistério e dois anos de formada começa a
lecionar. Com José Assunção de Freitas, se casa, e têm cinco filhos. O casal
inicia o curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Divinópolis, e um ano antes de se formar, em 1972, perdeu seu pai, ocasião que
envia carta com seus poemas ao poeta e crítico literário Affonso Romano de
Sant'Anna, que repassa para Carlos Drummond de Andrade. Na carta dizia: "Moça feita, li Drummond a primeira vez em
prosa. Muitos anos mais tarde, Guimarães Rosa, Clarice. Esta é a minha
turma, pensei. Gostam do que eu gosto. Minha felicidade foi imensa. Continuava
a escrever, mas enfadara-me do meu próprio tom, haurido de fontes que não a
minha. Até que um dia, propriamente após a morte do meu pai, começo a escrever
torrencialmente e percebo uma fala minha, diversa da dos autores que amava. É
isto, é a minha fala.“Drummond
sugere que publique um livro, que viria a ser “Bagagem”, e ele, Drummond faz
uma chamada no Jornal do Brasil sobre o trabalho ainda inédito da
escritora. Lançado no Rio, em 1976, com presenças ilustres, de: Antônio
Houaiss, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Juscelino Kubitscheck,
Affonso Romano de Sant'Anna, Nélida Piñon, e outros. Dois anos depois, com “O
coração disparado”, recebe o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. O
sucesso faz optar pela escritora em detrimento dos 24 anos de magistério. Sua
peça “O Clarão”, um auto de natal é encenada em Divinópolis e no ano
seguinte sob sua direção, a montagem de “O Auto da Compadecida”, de
Ariano Suassuna. Em 1981 dirige, o grupo que encenaria “A Invasão”,
de Dias Gomes, ano em que lança “Terra de Santa Cruz”. Foi Chefe da Divisão Cultural da Secretaria
Municipal de Educação e da Cultura de Divinópolis. Participa, em 1985, em
Portugal, de um programa de intercâmbio cultural entre autores brasileiros e
portugueses, e em Cuba, do II Encontro de Intelectuais pela Soberania dos Povos
de Nossa América. Em 1987, o espetáculo “Dona Doida”, baseado em seus
textos, devido ao grande sucesso, viaja por diversos estados brasileiros e, pelos
EUA, Itália e Portugal. Em 1988, em Nova York, na Semana Brasileira de Poesia,
promovida pelo Comitê Internacional pela Poesia, publica “A faca no peito”,
e em 1991 a “Poesia Reunida”. Em 1987 acometida de uma depressão, se
afasta das letras, para em 1994, lançar o livro “O homem da mão seca”. Onde
Deus é personagem principal. A peça “Duas horas da tarde no Brasil”, é
lançada em 1996. Em 2000, estreia o monólogo “Dona da casa”, em São
Paulo. Em 2001, apresenta em diversas cidades, o sarau onde declama
poesias de seu livro “Oráculos de Maio” acompanhada por um quarteto.
Adélia Prado revalorizou, nas letras, o papel da
mulher como ser pensante, incorporando o intelectual de mãe, esposa e
dona-de-casa.
OBRAS:
POESIA:
- Bagagem, Imago - 1976
- O coração disparado - 1978
- Terra de Santa Cruz - 1981
- O pelicano - 1987
- A faca no peito - 1988
- Oráculos de maio - 1999
- A duração do dia - 2010
PROSA:
- Solte os cachorros - 1979
- Cacos para um vitral - 1980
- Os componentes da banda - 1984
- O homem da mão seca - 1994
- Manuscritos de Felipa - 1999
- Filandras - 2001
- Quero minha mãe - 2005
- Quando eu era pequena - 2006.
ANTOLOGIAS:
Mulheres & Mulheres - 1978
Palavra de Mulher - 1979
Contos Mineiros - 1984
Poesia Reunida - 1991
Antologia da poesia brasileira - 1994.
Prosa Reunida - 1999

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