domingo, 1 de dezembro de 2019

Poetas da Antiguidade

Os poetas da antiguidade.
Os poetas gregos, já faziam poesia para ser cantada ou recitada, antes da escrita. Homero em “Ilíada e a Odisséia”, contava histórias de mitos da época micênica. Hesíodo (c. 700 a.C.), com o poema “Teogonia”, moldou o nascimento de um deus, à semelhança, do que viria a se chamar de dialética.  Hesídio  não fazia como os rapsodos,  os contadores de história, ele apenas ditava, e não possui registros concretos, poderia ele ser um mito, diferentemente de Homero, cujos registros afirmam ter nascido em Ascra, na Beócia, e suas cinzas foram  colocadas no centro da Ágora. Certo é que a literatura grega se desenvolveu e alicerçou propriamente todos os gêneros literários. Os vários tipos de poesia lírica surgem no período arcaico, com os poetas das ilhas do mar Egeu e da Jônia. Arquíloco de Paros, século VII a.C., foi o primeiro poeta grego a usar a elegia de uma forma mais pessoal, sendo depois imitado. No começo do século VI, Alceu e Safo criaram seus poemas no dialeto eólico da ilha de Lesbos e foram mais tarde adaptados por Horácio para a poesia latina. Anacreonte de Teos, na Jônia, também compôs em dialeto jônico. A tragédia e a comédia se originaram na Grécia. Havia coros trágicos na Grécia, e liras, ou flautas, nas elegias, em que o verso de seis sílabas, hexâmetro, se alternavam com um verso mais curto, associados a lamentações, faziam o acompanhamento. A comédia também tem sua origem na Grécia assim como a prosa, Heródoto de Halicarnasso, o primeiro grande historiador, era também geógrafo e Tucídides, que ao contrário de Heródoto, exclui as divindades, sendo considerado o criador da história como ciência. Ferécides 550 a.C., de Siros, escreveu sobre o começo do mundo, Hecateu de Mileto, sobre o passado mítico e a geografia do Mediterrâneo, e Esopo, autor das fábulas de sentido moral copiadas por outros escritores. Ésquilo, Sófocles e Eurípides, com as tragédias, a comédia de Aristófanes e a lírica coral de Píndaro. As obras de Platão e Aristóteles, no século IV, importantes para a cultura grega e para a história intelectual do Ocidente, pensadores que deram base à filosofia ocidental e determinaram a evolução do pensamento europeu ao longo de séculos.



Ode à Afrodite


Eternal Afrodite, e ao trono adorno,
De intrigas tecelã, ó Dial, te imploro:
O peito não me firas com transtornos,
Ó Dona, ou dolos.
Vem para aqui, porém, se em mim atenta,
Um dia ao longe ouviste os meus agouros,
E da mansão do Pai então ausentas
Com carro de ouro,
Que tu mesma atrelaste, e à terra escura
As breves aves vão te conduzindo,
Asas batendo ao céu, o éter censuram,
No ar vêm vindo,
E pousam logo, ó Bem Aventurada,
E indagas-me co’a face eterna em risos:
Que mal de novo eu tinha, eu ansiada
Aos teus avisos?
Que quer minha alma, então, que surja insana?
“A quem, com Persuasão, ora destino
Ao teu amor, ou quem, ó Safo, dana-te,
E desatina?
Se é quem te foge, oh logo vai buscar-te,
E os dons, se enjeita, os seus logo envia,
Não te ama agora? Vai depressa amar-te,
Inda arredia.
Eis vem, e livra-me da ira tenaz,
E dês, já de uma vez, por terminadas
Todas coisas que a alma anseia: serás
Minha aliada

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