A expressão
literatura hispano-americana refere-se à literatura escrita em língua espanhola
pelos povos do México, América do Sul, Central e Caraíbas (Caribe). Sua história começa no século XVI e divide-se em quatro períodos: - o colonial, com
as literaturas dos colonizadores; - o patriótico, reflete os movimentos pela independência(século
XIX); - de consolidação a partir das formas neoclássicas (século XVIII) e -
quando atinge a maturidade a partir dos anos 1910, com o modernismo,
afastando-se do cânone literário da Europa.
O fenômeno
editorial e literário, tem o seu ápice nas décadas de 1960 e 1970, quando
alguns dos escritores da América Hispânica, produzem obras e estas ganham o
mundo. Estes autores superam desafios como, o convencionalismo imposto aos seus
países por meio de obras experimentais, e temas de caráter político, decorrente
da situação geral da América Latina durante o período. Dentre eles,
citamos alguns, quiçá pelo destaque que tiveram representando seus países, já que seria difícil
citar todos e o fazemos por data de nascimento.
José Martí (1853-1895), Cubano, de pais espanhóis de recursos
financeiros limitados, teve que ajudar com seu trabalho, ainda criança. Teve
residência na França e no México, escrevendo artigos para vários jornais, e
também na Guatemala, de onde sai face suas idéias políticas. Sua poesia lírica
apresenta traços do Romantismo já que se dá no período de transição entre o
Romantismo e o Modernismo. Deixou dentre outras obras: “Ismaelillo”, e o famoso
poema “A Menina de Guatemala”.
Jorge Luis Borges (1899-1986),
Argentino, um dos mais importantes escritores da Argentina, sendo ainda um
destaque da literatura contemporânea do século XX. Centrou-se nos textos de
ensaio, narrativa e poesia, carregando uma mensagem existencialista, criou
um mundo fantástico, metafísico e totalmente subjetivo. Entre suas principais
obras, encontram-se “El idioma de los Argentinos”, “El Aleph”, “Fervor de
Buenos Aires”, entre outras.
Pablo Neruda (1904-1973), Chileno, cujo
nome era Neftali Ricardo Reyes. Em 1921 ele adotou o pseudônimo de Pablo
Neruda, com quem ele iria identificar toda a sua produção literária. Em
1927 ele foi nomeado cônsul do Chile em Birmaria e depois no Ceilão, Java e
Cingapura. Em 1948, ele deixou o exílio de seu país, cruzando a
cordilheira dos Andes. Considerado um dos melhores poetas do século XX,
tendo publicado mais de trinta obras de poesia em vida. Uma compilação de
poesias que falam sobre o amor e o desamor, chamado “veinte poemas de amor y
uma canción desesperada”, se destaca. O autor, em suas obras, vê a mulher amada
como uma transfiguração da paisagem com colinas e rios.
Gabriel García Márquez (1927-2014). Colombiano, conhecido
como o pai do movimento literário “realismo mágico”, além de ter como sua marca
a sua técnica narrativa de misturar fatos do cotidiano com elementos de
fantasia, tendo ficado mundialmente conhecido por sua obra “Cien años de
soledad”, novela de temas como fatalidade, amor e morte, narra a história da
família Buendía e da fundação do povoado de Macondo, . Além dessa, outras de
suas obras são muito conhecidas, como “El general em su laberinto”, “La
Hojarasca”, “El amor en los tempos del cólera” e “Cronica de uma muerte
anunciada”, tendo em 1982 sido agraciado com o Nobel de Literatura.
Carlos Fuentes (1928-2012) Mexicano, escritor, intelectual e diplomata,
de mais destaque em seu país, autor dos romances:“La región más transparente”, “La
muerte de Artemio Cruz”, “Aura e Terra Nostra”; ensaios: “La
nueva novela hispano-americana”, “Cervantes o la crítica de la lectura”, “El
espejo enterrado”, “Geografía de la novela” e “La gran novela latino-americana”,
entre outros.
Agraciado com o Prêmio Rómulo
Gallegos, em 1977; o Cervantes, em 1987; e o Príncipe de
Asturias de las Letras, em 1994, sendo nomeado grande oficial da
Legião de Honra, em 2003 e cavalheiro grande cruz da Ordem de Isabel
a Católica, em 2009 e membro honorário da Academia Mexicana da
Língua em agosto de 2001 e Doutor honoris causa por várias
universidades, entre elas Harvard, Cambridge e Nacional de
México.





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