domingo, 18 de agosto de 2019

A Literatura hispano-americana


A expressão literatura hispano-americana refere-se à literatura escrita em língua espanhola pelos povos do México, América do Sul, Central e Caraíbas (Caribe).  Sua história começa no século XVI e  divide-se em quatro períodos: - o colonial, com as literaturas dos colonizadores; - o patriótico, reflete os movimentos pela independência(século XIX); - de consolidação a partir das formas neoclássicas (século XVIII) e - quando atinge a maturidade a partir dos anos 1910, com o modernismo, afastando-se do cânone literário da Europa.
O fenômeno editorial e literário, tem o seu ápice nas décadas de 1960 e 1970, quando alguns dos escritores da América Hispânica, produzem obras e estas ganham o mundo. Estes autores superam desafios como, o convencionalismo imposto aos seus países por meio de obras experimentais, e temas de caráter político, decorrente da situação geral da América Latina durante o período. Dentre eles, citamos alguns, quiçá pelo destaque que tiveram  representando seus países, já que seria difícil citar todos e o fazemos por data de nascimento.
José Martí (1853-1895), Cubano, de pais espanhóis de recursos financeiros limitados, teve que ajudar com seu trabalho, ainda criança. Teve residência na França e no México, escrevendo artigos para vários jornais, e também na Guatemala, de onde sai face suas idéias políticas. Sua poesia lírica apresenta traços do Romantismo já que se dá no período de transição entre o Romantismo e o Modernismo. Deixou dentre outras obras: “Ismaelillo”, e o famoso poema “A Menina de Guatemala”.

Jorge Luis Borges (1899-1986), Argentino, um dos mais importantes escritores da Argentina, sendo ainda um destaque da literatura contemporânea do século XX. Centrou-se nos textos de ensaio, narrativa e poesia, carregando uma mensagem existencialista, criou um mundo fantástico, metafísico e totalmente subjetivo. Entre suas principais obras, encontram-se “El idioma de los Argentinos”, “El Aleph”, “Fervor de Buenos Aires”, entre outras.
Pablo Neruda (1904-1973), Chileno, cujo nome era Neftali Ricardo Reyes. Em 1921 ele adotou o pseudônimo de Pablo Neruda, com quem ele iria identificar toda a sua produção literária. Em 1927 ele foi nomeado cônsul do Chile em Birmaria e depois no Ceilão, Java e Cingapura. Em 1948, ele deixou o exílio de seu país, cruzando a cordilheira dos Andes. Considerado um dos melhores poetas do século XX, tendo publicado mais de trinta obras de poesia em vida. Uma compilação de poesias que falam sobre o amor e o desamor, chamado “veinte poemas de amor y uma canción desesperada”, se destaca. O autor, em suas obras, vê a mulher amada como uma transfiguração da paisagem com colinas e rios.
Gabriel García Márquez (1927-2014). Colombiano, conhecido como o pai do movimento literário “realismo mágico”, além de ter como sua marca a sua técnica narrativa de misturar fatos do cotidiano com elementos de fantasia, tendo ficado mundialmente conhecido por sua obra “Cien años de soledad”, novela de temas como fatalidade, amor e morte, narra a história da família Buendía e da fundação do povoado de Macondo, . Além dessa, outras de suas obras são muito conhecidas, como “El general em su laberinto”, “La Hojarasca”, “El amor en los tempos del cólera” e “Cronica de uma muerte anunciada”, tendo em 1982 sido agraciado com o Nobel de Literatura.

Carlos Fuentes (1928-2012) Mexicano, escritor, intelectual e diplomata, de mais destaque em seu país, autor dos romances:“La región más transparente”, “La muerte de Artemio Cruz”, “Aura e Terra Nostra”; ensaios: “La nueva novela hispano-americana”, “Cervantes o la crítica de la lectura”, “El espejo enterrado”, “Geografía de la novela” e “La gran novela latino-americana”, entre outros.
Agraciado com o Prêmio Rómulo Gallegos, em 1977; o Cervantes, em 1987; e o Príncipe de Asturias de las Letras, em 1994, sendo nomeado grande oficial da Legião de Honra, em 2003 e cavalheiro grande cruz da Ordem de Isabel a Católica, em 2009 e membro honorário da Academia Mexicana da Língua em agosto de 2001 e Doutor honoris causa por várias universidades, entre elas Harvard, Cambridge e Nacional de México.



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