Luís de Camões é considerado um
dos maiores poetas do Renascimento, se inspirava em canções, trovas populares
para escrever poesias, epopeias e obras de dramaturgia.
Poeta múltiplo,
sofisticado, explorando com muita criatividade as diferentes formas de
composição. Suas poesias lembram várias canções medievais e seus versos revelam
que estudou os clássicos da Antiguidade. Pouco de sabe de
sua vida. Estudiosos dizem que uma suposta ida à Coimbra para estudar, mas, que
não há registros de ter sido aluno da Universidade. Certo é que, ainda jovem
interessou-se pela literatura, iniciando sua carreira literária como um poeta
lírico na corte de Dom João II. Que em razão de uma desilusão amorosa, decide
tornar-se soldado, ingressando no Exército da Coroa Portuguesa. Na África,
combate os Celtas, no Marrocos, e na guerra perde seu olho direito. Retorna a
Lisboa, continua com sua vida boêmia e de promiscuidade. Em 1553, embarca para
as Índias, participa de várias expedições militares. Afirmam ter Camões sido
preso em Portugal, e no Oriente e que em uma de suas prisões que Camões escreve “Os
Lusíadas”. Ao retornar a Portugal, recebe uma pequena quantia em dinheiro
do Rei Dom Sebastião e publica sua obra. Incompreendido pela sociedade, no
final da sua vida, continua a ter problemas financeiros, se queixa do pouco
reconhecimento que teve em vida. Provavelmente
vítima de peste, vem a falecer em 10 de junho de 1580 em Lisboa.
Após sua morte “Os Lusíadas”, cujo assunto central é a viagem de Vasco da Gama às Índias, passa
a ser conhecido mundialmente. Camões faz do navegador um símbolo da
coletividade lusitana, a glória das novas conquistas e as proezas dos navegadores
portugueses, sendo comparado as façanhas dos lendários heróis dos poemas de
Homero (Odisseia e Ilíada) e de Virgílio (Eneida), mas, ao contrário
destes, as entidades mitológicas participam da ação, por exemplo: Vênus faz o
papel de protetora dos portugueses, quando ela defende do deus Baco que quer
destruir a frota de Vasco da Gama. No final do poema, os navegantes são levados
à ilha dos Amores, onde são recompensados de seus esforços por sedutoras
ninfas.
Luis de Camões nos deixou
as seguintes obras: El-Rei Seleuco
(1545), peça de teatro; Filodemo
(1556), comédia de moralidade; Anfitriões
(1587), comédia escrita em forma de auto e Rimas (1595), coletânea de sua obra
lírica;
Luis de Camões tem seu
nome reverenciado em todo o mundo, em diversas praças, avenidas, ruas e
instituições, e em Portugal em 10 de junho, data de sua morte, comemora-se o Dia
de Portugal.
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