sexta-feira, 1 de junho de 2012

Festas juninas, coisa nossa.




Na memória, aquelas árvores.
Em cada uma delas um som peculiar,
que aos meu ouvidos chegavam,
quando o vento soprava,
fazendo vibrar a folhagem.

Nasci naquele sítio,
e ali cresci curtindo tudo aquilo.
Flores, frutos, pássaros,
e até  sapos, cobras,
grilos, abelhas, marimbondos e vagalumes.
Uma década de paz e harmonia com a natureza.
Um novo mês de junho,
me traz lembranças daquela época.
Nas casas pouca luz,
olhávamos muito mais para o céu,
ver estrelas emoldurando nossas  noites,
e na lua, se procurava  São Jorge.
Bons tempos aqueles!
Sem jogos na internet, ou celular,
o tempo era da pipa, da bola de gude,
do pique esconde e da amarelinha,
e junho, julho e agosto,
o frio, se espantava,
junto às fogueiras,
e debaixo das brasas,
aipim e batata doce se comia.
Era os "arraiá", os "casamento à caipira",
de pano cortado em formato de coração
costurados nos fundilhos da calças,
como um remendo em calça furada,
colava no meu par, a mais bela
menina de tranças,
com  saias rendadas em forma de roda,
para dançar a quadrilha.
Que empolgação!
O xadrez, o padre,
o casamento!
Festas nossas,
tradição brasileira.
Festas de São Pedro, Santo Antonio e São João,
E para manter a tradição
Curto o que é nosso!
Vitaminando o ego,
Mantendo a criança em mim.
Já tenho algumas festas juninas para ir.
E você?



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