sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pingo d'água





O galo canta, o dia nasce, levanto-me.
Abro a janela, olho o céu,
não está firme!
Densa neblina,
penso: não podia ser uma bela manhã?
Passo a mão pelos olhos,
algo brilha no meio das folhagens,
delírio de um pingo de sono?

Voltar a dormir, não!
Brincar ...talvez!
Pérolas? Diamante? Ouro?
Desço as escadas, caminho em direção
àquele pequeno ponto.
Ele ofusca-me.
Devaneio!
Será a lua?
uma estrela?
ou o sol que brigou
com as nuvens
e já brilha alto?
A pele queima,
transpiro.
Minúsculos pontos,
agregam-se a natureza.
Aquele,
simplesmente um pingo.
um pingo de orvalho.
Volvo à casa.
Da janela, não mais o vejo,
Que é de a luz, que lhe dava a vida?
Já não és mais corpo,
apenas alma!
Puxo a cadeira,
reflito!
Talvez tenha dormido,
sei lá, sonhado.
Na face..mais um,
aljôfar salgado.
Continuas em mim!

Um comentário: