domingo, 19 de abril de 2020

José de Alencar


José de Alencar escritor, orador, político, advogado e crítico. José Martiniano de Alencar Júnior nasceu no sítio Alagadiço Novo, Messejana, Ceará, no dia 1 de maio de 1829. Seu pai, de mesmo nome, era padre e senador, e foi duas vezes presidente da província do Ceará. A família mudou-se para o Rio de Janeiro quando ele tinha apenas 1 ano, onde viria mais tarde a exercer jornalismos, foi chefe de redação no Diário do Rio de Janeiro. Escreveu crônicas e críticas literárias. Patrono da cadeira  23 da Academia Brasileira de Letras, por escolha de Machado de Assis. Foi deputado representante da província do Ceará por três vezes consecutivas, e Ministro da Justiça. Eleito senador, foi  impedido de assumir por D. Pedro II por tê-lo criticado em cartas políticas abertas. Da 1ª geração de românticos no Brasil,  maior nome da prosa indianista, suas obras, em sua maioria, têm temáticas voltadas para o nacionalismo. Em “O guarani”, consolida a ideia de herói nacional no índio Peri, que salva a moça branca Cecília. Em  “Iracema” a índia virgem dos lábios de mel, apaixona-se por um rapaz português, de origem fidalga. Nos romances históricos, “As minas de prata” na busca pelo tesouro, detalha a administração colonial, e a degradação humana face a ambição e pelo poder do dinheiro. Em “Guerra dos mascates”, faz heróis os primeiros habitantes do Brasil, e inovou a língua portuguesa e valorizando uma linguagem mais nacional. Apesar de falecer prematuramente aos 48 anos, deixou muitas obras: “Cinco minutos”, “A viuvinha”, “Lucíola”, “Diva”, “A pata da gazela”, “Senhora”, e outros. Nos romances regionalistas em que aborda os costumes típicos, com os folclore, a geografia e as influências econômicas de cada região. “ O gaúcho”, “O tronco do ipê”, “O sertanejo” e “Til” , além da dramaturgia, com peças, na maioria  comédias de costumes e dramas cáusticos: “As asas de um anjo, “O demônio familiar”, “Verso e reverso”, “O crédito” e outras. Político, seus textos foram compilados em sete cartas, em uma delas, a polêmica “Carta a favor da escravidão”,  defende abertamente a manutenção do sistema escravista, sendo ele próprio um latifundiário. José de Alencar faleceu vítima de tuberculose, no Rio de Janeiro  em 12 de dezembro de 1877.


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