José de Alencar escritor, orador, político, advogado e
crítico. José Martiniano de Alencar Júnior nasceu no sítio Alagadiço Novo,
Messejana, Ceará, no dia 1 de maio de 1829. Seu pai, de mesmo nome, era padre e
senador, e foi duas vezes presidente da província do Ceará. A família mudou-se
para o Rio de Janeiro quando ele tinha apenas 1 ano, onde viria mais tarde a
exercer jornalismos, foi chefe de redação no Diário do Rio de Janeiro.
Escreveu crônicas
e críticas literárias. Patrono da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, por
escolha de Machado de
Assis. Foi deputado representante
da província do Ceará por três vezes consecutivas, e Ministro da Justiça. Eleito senador, foi impedido de assumir por D. Pedro II por tê-lo
criticado em cartas políticas abertas. Da 1ª
geração de românticos no Brasil, maior nome da prosa
indianista, suas
obras, em sua maioria, têm temáticas voltadas para o nacionalismo. Em “O guarani”, consolida a ideia de herói nacional no índio
Peri, que salva a moça branca Cecília. Em “Iracema” a índia virgem dos lábios de mel, apaixona-se
por um rapaz português, de origem fidalga. Nos romances históricos, “As minas de prata” na busca pelo
tesouro, detalha a administração colonial, e a degradação humana face a
ambição e pelo poder do dinheiro. Em “Guerra dos mascates”,
faz heróis os primeiros habitantes do Brasil, e inovou a língua portuguesa e
valorizando uma linguagem mais nacional. Apesar de falecer prematuramente aos
48 anos, deixou muitas obras: “Cinco minutos”, “A viuvinha”, “Lucíola”, “Diva”, “A
pata da gazela”, “Senhora”, e
outros. Nos romances regionalistas em que aborda os costumes típicos, com os folclore, a geografia
e as influências econômicas de cada região. “ O
gaúcho”, “O tronco do ipê”,
“O sertanejo” e “Til” , além da dramaturgia, com
peças, na maioria comédias de costumes e dramas cáusticos:
“As asas de um anjo, “O demônio familiar”, “Verso e reverso”, “O crédito” e outras. Político, seus
textos foram compilados em sete cartas, em uma delas, a polêmica “Carta a favor
da escravidão”, defende abertamente a manutenção do sistema escravista, sendo ele
próprio um latifundiário. José de Alencar faleceu
vítima de tuberculose, no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1877.
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