Carlos Heitor Cony, jornalista
e escritor, nasceu em 14 de março de 1926 no Rio de Janeiro. Não falava, até que aos quatro anos de
idade reagindo a um barulho de um hidroavião, pronunciou algumas palavras, mas,
somente aos quinze, em uma cirurgia, o
problema foi resolvido, por isto foi
alfabetizado em casa. Fez seminário,
abandonando antes da ordenação como padre. Interrompeu a Faculdade de Filosofia, para cobrir
as férias de seu pai, jornalista do Jornal do Brasil. Exerceu o funcionalismo
público até 1952 quando se tornou redator da Rádio Jornal do Brasil. Trabalhou
na sala de imprensa da Prefeitura do RJ, no lugar do pai que sofrera uma
isquemia cerebral, quando escreve seu primeiro romance: “O Ventre”. Em 1960, no Correio da Manhã como copidesque e
editorialista e depois, colunista da Folha de
S.Paulo, revezando com a poetisa Cecília Meirelles. Escreve textos críticos aos
atos do regime militar, reunidos em seu livro, “O Ato e o Fato”. Pressionado
pela posição política, se demite. Preso seis vezes, se auto-exilando em 1967 em
Cuba. No ano seguinte volta, trabalha nas revistas da Bloch
Editores até 2000. Publica seu último livro de ficção, “Pilatos”
em 1973.
Se dedica quase que integralmente, como colunista, repórter especial e editor das
revistas, Manchete, Desfile, Fatos&Fotos e Ele Ela e entre 1985 e 1990, como teletramaturdo escreveu
os primeiros capítulos da primeira minissérie da TV Manchete, “Marquesa de Santos”; o
projeto da novela “Dona Beija”, e a ideia original de “Kananga do Japão” com Adolpho Bloch.
Em 1993 volta para a Folha de
S.Paulo, assina a coluna "Rio", antes escrita por Otto Lara
Rezende, e o fez até a morte. Após 22 anos afastado da literatura de
ficção, em 1995,
lançou “Quase Memória”, marca seu retorno ao gênero, em sua obra mais
famosa, recebe o Prêmio Jabuti de 1996, o Livro do Ano - Ficção. Assume
em 2000 a cadeira nº 3 cujo patrono é Artur de
Oliveira, da Academia Brasileira de Letras, sendo o seu quinto
ocupante. Em 2013,
após sofrer uma queda na Feira do Livro de Frankfurt, causando um
coágulo em seu cérebro, já debilitado com um câncer linfático desde 2001, morre
no dia 5 de janeiro de 2018, no Rio de Janeiro, devido a falência múltipla dos
órgãos.
Obras
Romances
1958 - O
Ventre
1959 - A
Verdade de Cada Dia
1960 - Tijolo
de Segurança
1961 - Informação
ao Crucificado
1962 - Matéria
de Memória
1964 - Antes,
o Verão
1965 - Balé
Branco
1967 - Pessach:
A Travessia
1973 - Pilatos
1995 - Quase Memória
1996 - O Piano e a Orquestra
1997 - A
casa do Poeta Trágico
1999 - Romance
sem Palavras
2001 - O
Indigitado
2003 - A
Tarde da sua Ausência
2006 - O
Adiantado da Hora
2007 - A
Morte e a Vida
Crônicas
1963 - Da
Arte de Falar Mal
1964 - O
Ato e o Fato
1965 - Posto
Seis
1998 - Os
Anos mais Antigos do Passado
1999 - O
Harém das Bananeiras
2002 - O
Suor e a Lágrima
2004 - O
Tudo ou o Nada
2009 - Para
ler na Escola
Contos
1968 - Sobre
Todas as Coisas - reeditado sob o título Babilônia! Babilônia!
1978 - Babilônia!
Babilônia!
1997 - O
Burguês e o Crime e Outros Contos
Ensaios
biográficos
1965 - Charles
Chaplin
1972 - Quem
Matou Vargas
1982 - JK -
Memorial do Exílio
1985 - Teruz
Jornalismo
1975 - O
Caso Lou - Assim é se lhe Parece
1981 - Nos
passos de João de Deus
1996 - Lagoa
Cinema
1975 - A
Noite do Massacre
Infanto-juvenis
1965 - Quinze
Anos
1977 - Uma
História de Amor
1979 - Rosa,
Vegetal de Sangue
1979 - O
Irmão que tu me Deste
1986 - A
Gorda e a Volta por Cima
1989 - Luciana
Saudade
2002 - O
Laço Cor-de-rosa
Telenovelas
964 - Comédia Carioca
1984 - Marquesa de Santos
cinema
1968 - Antes, o
Verão
1968 - Um Homem
e Sua Jaula
1975 - Você Tem
Alguma Ideia Sobre a Ideia Que Pretende Ter?
2000 - Pilatos –
Melopeia, Fanopeia & Logopeia, episódio V de Isabelle Trouxe Alguns Amigos
2014/2018
- Quase Memória
teatro
1988 - Pilatos -
Peça de Mário Prata
1995 - Pilatos.
Peça de Roberto Barbosa
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