segunda-feira, 2 de março de 2020

Carlos Heitor Cony


Carlos Heitor Cony, jornalista e escritor, nasceu em 14 de março de 1926 no Rio de Janeiro. Não falava, até que aos quatro anos de idade reagindo a um barulho de um hidroavião, pronunciou algumas palavras, mas, somente  aos quinze, em uma cirurgia, o problema foi resolvido, por isto  foi alfabetizado em casa. Fez seminário, abandonando antes da ordenação como padre. Interrompeu  a Faculdade de Filosofia, para cobrir as férias de seu pai, jornalista do Jornal do Brasil. Exerceu o funcionalismo público até 1952 quando se tornou redator da Rádio Jornal do Brasil. Trabalhou na sala de imprensa da Prefeitura do RJ, no lugar do pai que sofrera uma isquemia cerebral, quando escreve seu primeiro romance: “O Ventre”. Em 1960, no Correio da Manhã como copidesque e editorialista e depois, colunista da Folha de S.Paulo, revezando com a poetisa Cecília Meirelles. Escreve textos críticos aos atos do regime militar, reunidos em seu livro, “O Ato e o Fato”. Pressionado pela posição política, se demite. Preso seis vezes, se auto-exilando em 1967 em Cuba. No ano seguinte volta,  trabalha nas revistas da Bloch Editores até 2000. Publica seu último livro de ficção, “Pilatos” em 1973. Se dedica quase que integralmente, como colunista, repórter especial e editor das revistas, Manchete, Desfile, Fatos&Fotos e Ele Ela e entre 1985 e 1990, como teletramaturdo escreveu os primeiros capítulos da primeira minissérie da TV Manchete, “Marquesa de Santos”; o projeto da novela “Dona Beija”, e a ideia original de “Kananga do Japão” com Adolpho Bloch. Em 1993 volta para a Folha de S.Paulo, assina a coluna "Rio", antes escrita por Otto Lara Rezende, e o fez até a morte. Após 22 anos afastado da literatura de ficção, em 1995, lançou “Quase Memória”, marca seu retorno ao gênero, em sua obra mais famosa, recebe  Prêmio Jabuti de 1996, o Livro do Ano - Ficção. Assume em 2000 a cadeira nº 3 cujo patrono é Artur de Oliveira, da Academia Brasileira de Letras, sendo o seu quinto ocupante. Em 2013, após sofrer uma queda na Feira do Livro de Frankfurt, causando um coágulo em seu cérebro, já debilitado com um câncer linfático desde 2001, morre no dia 5 de janeiro de 2018, no Rio de Janeiro, devido a falência múltipla dos órgãos.

Obras
Romances
1958 - O Ventre
1959 - A Verdade de Cada Dia
1960 - Tijolo de Segurança
1961 - Informação ao Crucificado
1962 - Matéria de Memória
1964 - Antes, o Verão
1965 - Balé Branco
1967 - Pessach: A Travessia
1973 - Pilatos
1995 - Quase Memória
1996 - O Piano e a Orquestra
1997 - A casa do Poeta Trágico
1999 - Romance sem Palavras
2001 - O Indigitado
2003 - A Tarde da sua Ausência
2006 - O Adiantado da Hora
2007 - A Morte e a Vida
Crônicas
1963 - Da Arte de Falar Mal
1964 - O Ato e o Fato
1965 - Posto Seis
1998 - Os Anos mais Antigos do Passado
1999 - O Harém das Bananeiras
2002 - O Suor e a Lágrima
2004 - O Tudo ou o Nada
2009 - Para ler na Escola
Contos
1968 - Sobre Todas as Coisas - reeditado sob o título Babilônia! Babilônia!
1978 - Babilônia! Babilônia!
1997 - O Burguês e o Crime e Outros Contos
Ensaios biográficos
1965 - Charles Chaplin
1972 - Quem Matou Vargas
1982 - JK - Memorial do Exílio
1985 - Teruz
Jornalismo
1975 - O Caso Lou - Assim é se lhe Parece
1981 - Nos passos de João de Deus
1996 - Lagoa
Cinema
1975 - A Noite do Massacre
Infanto-juvenis
1965 - Quinze Anos
1977 - Uma História de Amor
1979 - Rosa, Vegetal de Sangue
1979 - O Irmão que tu me Deste
1986 - A Gorda e a Volta por Cima
1989 - Luciana Saudade
2002 - O Laço Cor-de-rosa
Telenovelas
 964 - Comédia Carioca
1984 - Marquesa de Santos 
cinema
1968 - Antes, o Verão 
1968 - Um Homem e Sua Jaula 
1975 - Você Tem Alguma Ideia Sobre a Ideia Que Pretende Ter? 
2000 - Pilatos – Melopeia, Fanopeia & Logopeia, episódio V de Isabelle Trouxe Alguns Amigos 
2014/2018 - Quase Memória 
teatro
1988 - Pilatos - Peça de Mário Prata
1995 - Pilatos. Peça de Roberto Barbosa

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