Casimiro de Abreu, poeta, nascido em Barra de São
João, no Rio de Janeiro, em 4 de janeiro de 1839. Casimiro José Marques de
Abreu foi um dos maiores poetas da segunda geração romântica do Brasil, período
marcado pelos temas relacionados com o amor, decepções e medo. Mostrou em suas
poesias um lirismo ingênuo de adolescente. Autor da do poema “Meus Oito Anos”, um dos mais populares da literatura brasileira. Aos treze anos, por exigência do pai, que o queria
comerciante, vem para o Rio de Janeiro trabalhar no comércio, porém desde cedo, o filho despertara interesse pela literatura e para
que pudesse esquecer a literatura fá-lo viajar para Portugal, para completar a prática
comercial. Lá, ficou quatro anos e entra em contato com o meio intelectual, iniciando
sua carreira literária, onde escreve a
maior parte de seus poemas. Aos dezessete anos de idade, sua peça é encenada, o drama Camões e o Jaú sendo
publicada logo depois. Retornou ao Brasil já com
a saúde abalada pela tuberculose, entra em contato com os intelectuais, faz amizade
com Machado de Assis, ambos com 18 anos de idade. Vai para Indaiaçu, fazenda da família, às margens do rio São
João. Em 1859 publica seu único livro de poemas “As Primaveras” , fica noivo
de Joaquina Alvarenga Silva Peixoto. No dia 18 de outubro de 1860, não resiste
e morre, aos 21 anos de idade, com apenas uma obra publicada. Casimiro de Abreu
é patrono da cadeira n.º 6 da
Academia Brasileira de Letras.
Meus
Oito Anos
Oh!
que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonho, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como
são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
De seus poemas ainda destacam-se:
Saudades
Minh'alma é triste
Amor e Medo
Desejo
Dores
Berço e Túmulo
Infância
A Valsa
Perdão
Poesia e Amor
Segredos
Última Folha

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