segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Literatura Brasileira - O romantismo



O movimento iniciou-se na Alemanha e na Inglaterra nos meados do século XVIII e espalhou-se por toda a Europa através da França. A revolução de 1789, com o ideal de liberdade, fez nascer uma nova postura diante da arte, com o triunfo do sentimento sobre a razão. O romantismo europeu se realiza nos romances históricos, recriando uma atmosfera medieval, reino da pureza, da ingenuidade, do misticismo, da religiosidade, e dos heróis cavalheirescos.  No Brasil, ao lado dos históricos, surgem os romances indianistas, forma mais representativa do nosso nacionalismo literário. O início, se dá com a nossa autonomia política e social. Com a vinda da família real em 1808 e  a independência em 1822, com a abertura dos portos, a fundação de instituições culturais, educacionais e científicas, com a introdução da imprensa, a permissão e a divulgação de obras estrangeiras, e o franqueamento ao público, da Academia de Belas Artes e da Biblioteca Real, e ainda com os cursos jurídicos em São Paulo e Olinda e a inauguração da Faculdade de Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro. No Brasil, como o que ocorreu na Europa,  o romantismo se fez em dois momentos: o pré-romantismo (sem homogeneidade, hesitante, baseado na estética europeia (1808 a 1836), se destacaram José Bonifácio, Sousa Caldas, Monte Alverne e João Francisco Lisboa. A partir de 1836 se inicia o romantismo brasileiro, com a obra de Gonçalves de Magalhães, “Suspiros Poéticos e Saudades”. Se formam em 4 grupos: 1836 a 1840 com Gonçalves de Magalhães, Araújo Porto Alegre e Martins Pena; 1840 a 1850 com Joaquim Manuel de Macedo, Gonçalves Dias, Bernardo Guimarães e José de Alencar;  1850 a 1860 com Manuel Antônio de Almeida, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela e 1860 a 1881 com Sousândrade, Franklin Távora, Alfredo Taunay e Castro Alves. O apogeu do romantismo brasileiro se deu no período de 1846 a 1856, e  criador do verdadeiro romance brasileiro foi sem dúvida Joaquim Manuel de Macedo, (1820-1882), médico, jornalista, político, professor,   só ocorre vencidos todos os obstáculos, ou segredos revelados. Assim, pregando a moralização dos costumes, enaltecendo o bem, e castigando o mal, criou o nosso padrão de romance romântico, servindo de exemplo pelos ficcionistas de seu tempo.
Joaquim Manuel de Macedo
romancista de ampla aceitação popular, em seus romances traça uma linha comum: os conflitos sentimentais, em geral por questões de honra e dinheiro, em que a personagem otimista casa e a pessimista morre, entretendo o leitor, já que o casamento
Obras:
Poesia: “A Nebulosa” – 1857
Romances: “A Moreninha” 1845, “O Moço Louro” 1845, “Os Dois Amores” 1848, “Rosa” 1849, “Vicentina” 1853, “O Forasteiro” 1855, “A Carteira do Meu Tio” 1868, “O Culto do Dever”  1865, “Memórias do Sobrinho do Meu Tio 1868, “O Rio do Quarto”  1869, “A Namoradeira” 1870,  “Mulheres de Mantilha” 1871, “Um Noivo e Duas Noivas” 1871, “Os Quatro Pontos Cardeais” 1872, “A Baronsea do Amor” 1876
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Teatro: “O Cego” 1849, “Luxo e Vaidade”  1860, “A Terra em Concurso” 1863, “Lusbela” 1863
Outras obras: "Um Passeio pela  Cidade do Rio de Janeiro” 1862 e “Memórias da Rua do Ouvidor” 1878.

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