O movimento iniciou-se na Alemanha e na Inglaterra nos
meados do século XVIII e espalhou-se por toda a Europa através da França. A
revolução de 1789, com o ideal de liberdade, fez nascer uma nova postura diante
da arte, com o triunfo do sentimento sobre a razão. O romantismo europeu se
realiza nos romances históricos, recriando uma atmosfera medieval, reino da
pureza, da ingenuidade, do misticismo, da religiosidade, e dos heróis cavalheirescos. No Brasil, ao lado dos históricos, surgem os
romances indianistas, forma mais representativa do nosso nacionalismo literário.
O início, se dá com a nossa autonomia política e social. Com a vinda da família
real em 1808 e a independência em 1822,
com a abertura dos portos, a fundação de instituições culturais, educacionais e
científicas, com a introdução da imprensa, a permissão e a divulgação de
obras estrangeiras, e o franqueamento ao público, da Academia de Belas Artes e
da Biblioteca Real, e ainda com os cursos jurídicos em São Paulo e Olinda e a
inauguração da Faculdade de Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro. No Brasil,
como o que ocorreu na Europa, o
romantismo se fez em dois momentos: o pré-romantismo (sem homogeneidade, hesitante,
baseado na estética europeia (1808 a 1836), se destacaram José Bonifácio, Sousa
Caldas, Monte Alverne e João Francisco Lisboa. A partir de 1836 se inicia o
romantismo brasileiro, com a obra de Gonçalves de Magalhães, “Suspiros Poéticos
e Saudades”. Se formam em 4 grupos: 1836 a 1840 com Gonçalves de Magalhães,
Araújo Porto Alegre e Martins Pena; 1840 a 1850 com Joaquim Manuel de Macedo,
Gonçalves Dias, Bernardo Guimarães e José de Alencar; 1850 a 1860 com Manuel Antônio de Almeida,
Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela e
1860 a 1881 com Sousândrade, Franklin Távora, Alfredo Taunay e Castro Alves. O
apogeu do romantismo brasileiro se deu no período de 1846 a 1856, e criador do verdadeiro romance brasileiro foi
sem dúvida Joaquim Manuel de Macedo, (1820-1882), médico, jornalista, político,
professor, só ocorre
vencidos todos os obstáculos, ou segredos revelados. Assim, pregando a moralização
dos costumes, enaltecendo o bem, e castigando o mal, criou o nosso padrão de romance
romântico, servindo de exemplo pelos ficcionistas de seu tempo.
Joaquim Manuel de Macedo |
Obras:
Poesia: “A Nebulosa” – 1857
Romances: “A Moreninha” 1845, “O Moço Louro” 1845, “Os Dois
Amores” 1848, “Rosa” 1849, “Vicentina” 1853, “O Forasteiro” 1855, “A Carteira
do Meu Tio” 1868, “O Culto do Dever”
1865, “Memórias do Sobrinho do Meu Tio 1868, “O Rio do Quarto” 1869, “A Namoradeira” 1870, “Mulheres de Mantilha” 1871, “Um Noivo e Duas
Noivas” 1871, “Os Quatro Pontos Cardeais” 1872, “A Baronsea do Amor” 1876
Teatro: “O Cego” 1849, “Luxo e Vaidade” 1860, “A Terra em Concurso” 1863, “Lusbela”
1863
Outras obras: "Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro” 1862 e “Memórias da
Rua do Ouvidor” 1878.
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