segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Professor


No Mundo, o 5 de outubro é o dia dos Professores, no Brasil, comemora-se no dia 15 de outubro e sua razão de ser, é desconhecida da maioria.
Em 15 de outubro de 1827, D. Pedro I, baixou Decreto Imperial, criando o ensino elementar, e todas as cidades, vilas e lugarejos, deveriam adotar escolas de primeiras letras. Decretava o salário, as matérias básicas e as normas sobre  a contratação dos professores, mas, somente viria a ser implementado em 1930, ano em que merecidamente se consolidou o 15 de outubro, como o dia do professor. 

O decreto, fez com que o ensino  gratuito atendesse mais alunos, e o
poder público se responsabilizar pela educação das crianças, e com a expansão e interiorização dos grupos escolares, surgem as primeiras escolas de formação superior de professores em licenciaturas.
Ideia inovadora e revolucionária, essencial para  evitar o fracasso do ensino em nosso país, caso fosse cumprida na íntegra.

Utilizo a figura do professor  com a interrogação, pois, tal como o médico, profissões existem, como a de professor, eu que o diga, em que há que se ter o dom,  sendo quase sobre-humano querer  exercê-la pela qualidade inata do ser. 

Já há  deficiência de aulas por falta de professores, cresce os casos de erro médico, e ao se buscar as causas, senão pela deficiência do ensino, da proliferação de faculdades, etc. Até quando?
Ideias inovadoras: BNH, FGTS e CPMF,  nascem para um fim e são deturpados, e a lacuna na educação nos séculos que se seguiram deixaram o país, em  posição inferior até mesmo em relação aos padrões de países da America Latina. Pior, a situação não se modifica.
Deixando-se de levar em conta a corrupção que desvia o dinheiro da  educação, da saúde, enfim, nossa economia, hoje uma das primeiras  do mundo, é dependente de mão de obra especializada para tocá-la, por força desta enorme defasagem na educação.
É certo que à época do Brasil-Império,  o acesso à educação, era restrito às famílias que tinham condições de contratar professores que atuavam em escolas privadas, ou vendiam conhecimento de forma independente,  para educar seus filhos, enquanto os mais aquinhoados iam estudar na Europa.
Mas, é deprimente quando exatamente nesta data o governo tenta ganhar politicamente o que deixou de fazer em tantos anos; sim, desde 15 de outubro de 1827, poderia afirmar sem medo de errar que D. Pedro I, proclamava ali a nossa verdadeira independência, não se tira o atraso, com cotas, se fomenta a discriminação, e denigre-se a imagem do  professor, ao impor aprovação de alunos, sem as mínimas condições à série seguinte.

No Brasil o título de professor se faz em relação ao que ensina uma ciência, arte, técnica ou outro conhecimento, para que qualificações acadêmicas e pedagógicas transmita e ensine da melhor forma possível ao aluno na educação infantil, na fundamental, no ensino médio ou, no superior, e ainda no profissionalizante ou, no técnico, diferentemente de outros países que dão ênfase a formação do professor, garantindo-lhe o profissionalismo com cursos de extensão, atualização e aprimoramento, sendo bem remunerados, afinal, a  figura do professor  vem de épocas remotas,  e uma das mais antigas, senão a mais importante profissão, pois, dela depende as demais profissões.
Os filósofos gregos,  aplicavam  verdadeiras aulas ao ar livre, onde questionavam diversos assuntos.
Em sua obra A República, Platão, alertava para a importância do papel do professor na formação do cidadão.
Neste contexto, não poderia deixar  de citar o  Mestre dos Mestres,  que se utilizando  de parábolas, para se ajustar melhor ao nível de entendimento  do povo à sua época, Jesus com o giz da sabedoria, riscava no quadro da natureza Divina, tendo os montes, como púlpito, para nos deixas lições que chegaram até os nossos dias faltando que a humanidade as aplique,  para que se tenha um mundo melhor.

Um comentário:

  1. Excelente crônica que só consegui ler agora.
    Parabéns a todos e você que dedica seu dia a dia idealizando um país menos ignorante.

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