O Mar

            O  Mar

                                                por Osvaldir

Oceano bravio,

Mar imenso,

 onde ondas procelosas se enrolam,

 indo quebrar-se contra as pedras,

Que fixas aguentam sobre si

e uma camada espumante

 atenua.

Assim, passa o dia,

a roncar talvez com sono.

E vem a tarde.

O sol beija a areia,

 coqueiros, matas virgens a circundam,

 benévolo, ao passar airoso barco.

 bate-se contra o casco,

saudando o amigo íntimo,

prestes a se despedir;

indo pojar em terras distantes.

Ao aflar dos ventos,

 vibram os coqueiros suas frondosas ramagens

como a dizer adeus pela partida.

O dia passa,

E as horas caminham para a solidão da noite.

O acervo de peixes rondam a praia,

A areia se remove

Com o turbilhão de vagas espumantes

que se deitam sobre si.

A branca areia não se abespinha,

sabe que é bela,

pela carícia das ondas.

Sopra o vento,

as folhas  vibram em serenata,

Um eco abrupto ressoa,

para a seguir,  tudo ficar calmo,

Anoiteceu!

Como um canto de sereia,

Ouve-se apenas  o bater das ondas,

O mar suspira!