quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ao mestre com carinho


                           


Criado pelo incentivo de um novo amigo, blogueiro de longa estrada, cronista e, músico dos bons, que ao me perguntar qual seria o título do BLOG, me veio à cabeça: 
                                           “ Arte prazer e afins”.
Perguntei-me depois a razão , mas,  o pensamento remeteu-me aos anos de 1970, sala de aula na faculdade de filosofia, com o professor Almo Saturnino, me dera um dos livros
de sua autoria, que li na ocasião, há poucos anos pensei e relê-lo, quando soube que partira deste orbe. 



Agora, da estante o retiro, e revi o título: "ARTE & PALAVRA", que poderia ter sido o paradigma para o nome do blog, mas, não foi. Aos que me conhecem, sabem que não me perdoaria perder a oportunidade, de retribuir a dedicatória que me fez, mas, é certo que pela releitura da obra do grande mestre nasceu esta  segunda postagem.




A ARTE surge com o homem, ainda em seu clã, isolado em pequenos grupos,  dominados pela aspereza do terror cósmico e neste processo antropomórfico, anímico, surgem os primeiro objetos de defesa, surgem os mitos, as divindades, através da transfiguração dos seres da natureza,  e sem  noção de grandeza, ritmo e harmonia, iniciam galgar conhecimentos  do universo, pois, ao se libertarem do terror, aos poucos se aproximavam do perfeito equilíbrio da forma e pureza do conceito, norteados pela natureza, e ante o predomínio da sensibilidade sobre a razão.



A ARTE nunca foi e nunca será um compartimento estanque, de acordo com o contexto social muda constantemente e para se saber onde está indo, não se deve perguntar o que é, e sim como ela funciona.

Se o ideal platônico do belo  atravessa séculos  opondo o personalismo ao universalismo e a partir do século XVIII vai se espraiar com o romantismo ou neogótico,  o realismo, o impressionismo, o expressionismo, o surrealismo, e hoje se contempla a arte computacional, a arte cibernética, confirmando  que a cronologia da história da arte segue paralelamente a cronologia da história da humanidade, em datas aproximadas da evolução cultural e social do homem e  de suas civilizações.


PRAZER, como verbo intransitivo tem o sentido de agradar, de causar satisfação; como substantivo tem a conotação  de deleite, da sensação de bem estar.

Se há beleza no mundo e a energia vital do universo, com seu ilusório mistério, faz a ARTE estar na própria VIDA, não vejo como dissociar ARTE do PRAZER

Aprendi com aquele mestre que não há como dissociar-se também ARTE de LINGUAGEM, embora tende-se em geral  de confundí-las, em razão de que arte, estilo, e estilística possuirem estreitas relações, mais aí seria estender-me sem necessidade, pois, que se PRAZER  tem a conotação precípua de agradar, de causar satisfação, este PRAZER  me é dado pela boa  leitura, e mais do PRAZER que me dão aqueles que lêem este para que sintamos todos, nesta troca, a sensação de bem estar.


AFINS, seria desnecessário definir, mas,  como complementos de ÃRTE E PRAZER   teremos a oportunidade de envolvermo-nos mutuamente e caminharmos  em prol de um mundo melhor, que vem a ser o sentido deste projeto.
Se o homem da pré história em pedras, deixou gravuras de animais e deuses, se a cronologia da arte, acompanha a cronologia da história; em pleno século XXI com a certeza de que Arte é Vida, evitar que ajamos como se fossemos da idade da pedra é sem dúvida o caminho para revertemos esta sensação de desconforto para a sensação de bem viver.

Façamos cada um a nossa parte.

Até a próxima.

Um comentário:

  1. Quem a ama a arte, ama que faz arte e esta mesma arte, meu querido, há de existir na medida certa do talento de cada um. A arte é a mais universal das palavras.
    Seu blog está excelente. ;-)

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