Manuel Bandeira (Manuel Carneiro de
Sousa Bandeira Filho), professor, poeta, cronista, crítico e historiador
literário, nasceu no Recife, PE, em 19 de abril de 1886, e faleceu no Rio de
Janeiro, RJ, em 13 de outubro de 1968. Aos dez
anos de idade mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou no Colégio Pedro II
entre os anos de 1897 a 1902. Mais tarde, formou-se em Letras, foi professor de
Literatura Universal no Externato do Colégio Pedro II, e de Literatura Hispano-Americana, e da
Faculdade Nacional de Filosofia, onde se aposentou. Tentara aos 17 anos o curso de
engenheiro-arquiteto, mas, um ano depois, por motivo de doença, abandonou para fazer
estações de cura face a tuberculose, em Campanha, MG, Teresópolis e Petrópolis,
RJ, e por fim Clavadel, Suíça, onde permaneceu por dois anos, tendo como
companheiro de sanatório o poeta Paul Éluard. De volta ao Brasil, publicou A cinza das
horas, poemas compostos durante a doença, e o segundo livro de
poemas, Carnaval.
Conheceu os escritores paulistas que, em 1922, lançaram o movimento modernista.
Durante toda a vida, fez crítica de artes plásticas, crítica literária e
musical para vários jornais e revistas. Como crítico de arte, Manuel Bandeira
revelou particular afeição pelas velhas igrejas coloniais, pela arte arquitetônica
dos conventos e dos velhos casarões portugueses. Como crítico de literatura e
historiador literário, revelou-se sempre um humanista. Consagrou-se pelo estudo
sobre as Cartas
chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga, pelo esboço biográfico
Gonçalves Dias, além de ter organizado várias antologias de poetas brasileiros
e publicado o estudo Apresentação da poesia brasileira. Em seu
livro de memórias Itinerário de Pasárgada, expõe todo o seu
conhecimento sobre formas e técnicas de poesia, o processo da sua aprendizagem
literária e as sutilezas da criação poética. Sua obra foi reunida nos dois
volumes Poesia
e prosa, contendo numerosos estudos críticos e biográficos. Bandeira foi o terceiro ocupante da Cadeira 24,
eleito em 29 de agosto de 1940. Anteriormente, o lugar esteve ocupado pelo
escritor Luís Guimarães Filho. Sua
vida poderia ter sido breve, face à tuberculose, mas viveu até os 82 anos,
construindo uma das maiores obras poéticas da moderna literatura brasileira. Faleceu no Rio de Janeiro, em 13 de
outubro de 1968, vítima de hemorragia gástrica, e deixou uma das maiores obras
poéticas da moderna literatura brasileira, dentre poesias, prosas, antologias e
traduções:
Poesia
A Cinza das Horas (1917)
Carnaval (1919)
Libertinagem (1930)
Estrela da Manhã (1936)
Lira dos Cinquent'anos (1940)
Prosa
Crônica da Província do Brasil
(1936)
Guia de Ouro Preto, Rio de
Janeiro (1938)
Noções de História das
Literaturas (1940)
Autoria das Cartas Chilenas
(1940)
Literatura Hispano-Americana
(1949)
De Poetas e de Poesia - Rio de
Janeiro (1954)
A Flauta de Papel - Rio de
Janeiro (1957)
Itinerário de Pasárgada (1957)
Andorinha, Andorinha (1966)
Antologia
Antologia dos Poetas Brasileiros
da Fase Romântica (1937)
Antologia dos Poetas Brasileiros
da Fase Parnasiana (1938)
Antologia dos Poetas Brasileiros
Bissextos Contemporâneos (1946)
Antologia Poética (1961)
Poesia do Brasil (1963)
Os Reis Vagabundos e mais 50
crônicas (1966)
Muito bom!Parabéns!
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