domingo, 13 de outubro de 2019

Manuel Bandeira


Manuel Bandeira (Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho), professor, poeta, cronista, crítico e historiador literário, nasceu no Recife, PE, em 19 de abril de 1886, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de outubro de 1968. Aos dez anos de idade mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou no Colégio Pedro II entre os anos de 1897 a 1902. Mais tarde, formou-se em Letras, foi professor de Literatura Universal no Externato do Colégio Pedro II, e  de Literatura Hispano-Americana, e da Faculdade Nacional de Filosofia, onde se aposentou. Tentara aos 17 anos o curso de engenheiro-arquiteto, mas, um ano depois, por motivo de doença, abandonou para fazer estações de cura face a tuberculose, em Campanha, MG, Teresópolis e Petrópolis, RJ, e por fim Clavadel, Suíça, onde permaneceu por dois anos, tendo como companheiro de sanatório o poeta Paul Éluard. De volta ao Brasil, publicou A cinza das horas, poemas compostos durante a doença, e o segundo livro de poemas, Carnaval. Conheceu os escritores paulistas que, em 1922, lançaram o movimento modernista. Durante toda a vida, fez crítica de artes plásticas, crítica literária e musical para vários jornais e revistas. Como crítico de arte, Manuel Bandeira revelou particular afeição pelas velhas igrejas coloniais, pela arte arquitetônica dos conventos e dos velhos casarões portugueses. Como crítico de literatura e historiador literário, revelou-se sempre um humanista. Consagrou-se pelo estudo sobre as Cartas chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga, pelo esboço biográfico Gonçalves Dias, além de ter organizado várias antologias de poetas brasileiros e publicado o estudo Apresentação da poesia brasileira. Em seu livro de memórias Itinerário de Pasárgada, expõe todo o seu conhecimento sobre formas e técnicas de poesia, o processo da sua aprendizagem literária e as sutilezas da criação poética. Sua obra foi reunida nos dois volumes Poesia e prosa, contendo numerosos estudos críticos e biográficos. Bandeira foi o terceiro ocupante da Cadeira 24, eleito em 29 de agosto de 1940. Anteriormente, o lugar esteve ocupado pelo escritor Luís Guimarães Filho. Sua vida poderia ter sido breve, face à tuberculose, mas viveu até os 82 anos, construindo uma das maiores obras poéticas da moderna literatura brasileira. Faleceu no Rio de Janeiro, em 13 de outubro de 1968, vítima de hemorragia gástrica, e deixou uma das maiores obras poéticas da moderna literatura brasileira, dentre poesias, prosas, antologias e traduções:
Poesia
A Cinza das Horas (1917)
Carnaval (1919)
Libertinagem (1930)
Estrela da Manhã (1936)
Lira dos Cinquent'anos (1940)
Prosa
Crônica da Província do Brasil (1936)
Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro (1938)
Noções de História das Literaturas (1940)
Autoria das Cartas Chilenas (1940)
Literatura Hispano-Americana (1949)
De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro (1954)
A Flauta de Papel - Rio de Janeiro (1957)
Itinerário de Pasárgada (1957)
Andorinha, Andorinha (1966)
Antologia
Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica (1937)
Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasiana (1938)
Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos (1946)
Antologia Poética (1961)
Poesia do Brasil (1963)
Os Reis Vagabundos e mais 50 crônicas (1966)

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