quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Graciliano Ramos


Graciliano Ramos nasceu em Alagoas, em 27 de outubro de 1892. Escritor brasileiro, considerado o melhor ficcionista do Modernismo e o prosador mais importante da Segunda Fase do Modernismo.
O romance "Vidas Secas" foi sua obra de maior destaque. Primogênito de quinze filhos, de uma família de classe média. Com 12 anos publicou no jornal da escola seu primeiro conto “O Pequeno Pedinte”. Aos 22 anos mudou-se para o Rio de Janeiro. Trabalhou como revisor dos jornais: Correio da Manhã, A Tarde e em O Século. Um ano depois, retornou ao nordeste e no seguinte, casou-se com Maria Augusta Barros, com quem teve quatro filhos.
Em 1928, Graciliano Ramos foi eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios. Viúvo, casou-se com Heloísa de Medeiros, com quem teve outros quatro filhos e mudou-se dois anos depois para Maceió. Em 1933 estreou na literatura com o romance “Caetés”, época que mantinha contato com, Raquel de Queiroz, José Lins do Rego e Jorge Amado. A preocupação com a linguagem, era seu traço marcante. Em 1934 publicou o romance “São Bernardo”. Em 1936 publicou “Angústia”, ano em que foi preso por nove meses, acusado de ser comunista, sendo solto, por falta de provas. No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro, morando em um quarto de pensão com a esposa e as filhas menores. Anos depois, foi nomeado Inspetor Federal de Ensino e foi eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores. Em 1945 ingressou no Partido Comunista e viajou para os países socialistas do Leste Europeu, experiência descrita na obra “Viagem”, publicada em 1954, após sua morte. As obras de Graciliano Ramos, projetam sua visão crítica das relações humanas, não apenas dos problemas sociais do nordeste brasileiro, mas, universal, e provocam a conscientização, como  denúncia, já que centra no ser humano, seus comportamentos, e atitudes, envoltos em uma paisagem nascida do fator psicológico dos seus personagens. Traduzidos para vários países, “Vidas Secas”, narra a história de uma família de retirantes nordestinos, atingida pela seca, que perambula pelo sertão, em busca de melhores condições de vida, sendo considerada sua obra-prima. Em “Memórias do Cárcere”, retrata os nove meses em que esteve preso.  Graciliano Ramos faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1953, deixando as seguintes obras:

Caetés (1933)
São Bernardo (1934)*
Angústia (1936)
Vidas Secas (1938)*
A Terra dos Meninos Pelados (1942)
História de Alexandre (1944)
Dois Dedos (1945)
Infância (1945)
Histórias Incompletas (1946)
Insônia (1947)
Memórias do Cárcere (1953)*
Viagem (1954)
Linhas Tortas (1962)
Viventes das Alagoas, costumes do Nordeste (1962)

*Obras que foram levadas para o cinema.

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