sábado, 26 de outubro de 2019

Carlos Drummond de Andrade


Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 31.10.1902. Parte dos seus estudos se deu em Belo Horizonte, e outra no RJ no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, de onde foi expulso por "insubordinação mental". Em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas. Forçado pela família formou-se em farmácia em 1925. 
Fundou com outros escritores A Revista. Ingressou no serviço público e, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete do ministro da Educação, e depois trabalhou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde se aposentou em 1962. No período colaborou como cronista no Correio da Manhã e, no Jornal do Brasil. 
Pelo conjunto de sua obra, tornou-se um dos principais representantes da Literatura Brasileira do século XX. É considerado, por muitos críticos literários, como um dos principais escritores do Modernismo no Brasil. Modernismo este, não dominante nas primeiras obras, como em “Alguma poesia” e “Brejo das Almas”, cuja descontração sintática pareceriam revelar o contrário, mas a partir daí,  o rigor imprimido, beira a obsessão, Drummond trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, e uma permanente ligação com o meio, o conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal, gerando uma sucessão de obras-primas. 
Em sua plena maturidade, ganhou muitos prêmios, como reconhecimento de seu talento literário. Traduziu diversos autores e suas obras foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas.
Além das poesias, escreveu diversas crônicas e contos. Suas obras poéticas mais importantes são: “Brejo das Almas”, “Sentimento do Mundo”, “José”, “Lição de Coisas”, “A rosa do Povo”, “Viola de Bolso”, “Claro Enigma”, “Fazendeiro do Ar”, “A Vida Passada a Limpo”, “Novos Poemas”, “Versiprosa” e “Boitempo”. 
Suas prosas foram reunidas nos seguintes volumes: “Confissões de Minas”, “Contos de Aprendiz”, “Passeios na Ilha” e “Fala Amendoeira”. As últimas obras foram: “A Paixão Medida”, com poemas inéditos; “Caso do Vestido”; “Corpo”; “Amar se aprende amando” e “Poesia Errante”. 
Drummond já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado no filme Poeta de Sete Faces (2002) e na minissérie JK (2006).
Também teve sua efígie impressa nas notas de NCz$ 50,00 (cinquenta cruzados novos) em circulação no Brasil entre 1988 e 1990.
Há representações em Esculturas do Escritor.  "Dois poetas", na cidade de Porto Alegre, e  "O Pensador", na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, além de um memorial em sua homenagem na cidade de Itabira.
Faleceu em 17 de agosto de 1987, na cidade do Rio de Janeiro, em decorrência de problemas cardíacos, doze dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, sua grande companheira ao longo da vida.

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