Mario Quintana, o “poeta das coisas simples”. Escritor, jornalista e
tradutor, Mario de Miranda Quintana nasceu em Alegrete, Rio Grande do Sul, em
30 de julho de 1906. Aos 13 anos, mudou-se para Porto Alegre. Estudou no
Colégio Militar. Precoce, desde a adolescência, escrevia na revista da escola.
Trabalhou na editora e livraria "O Globo" e na farmácia de seu pai. Colaborou
com jornais e revistas e traduziu dentre outros: Proust, Voltaire, Balzac, Virginia
Woolf, Maupassant. Aos 21 anos perdeu seus pais. Aos 24 anos, morou no Rio de
Janeiro por seis meses, retornando a Alegrete, até a morte. Seu
primeiro livro “A Rua dos Cataventos”. Escreveu obras poéticas, e infanto-juvenis. A Linguagem simples, porém, fluida,
introspectiva e, até irônica, explorou
principalmente o amor, o tempo e a natureza. Solteiro, sem filhos, viveu parte
de sua vida em quartos de hotéis. No Majestic, morou de 1968 a 1980, desempregado,
foi despejado e alojado no Hotel Royal, no quarto de propriedade do ex-jogador,
e comentarista, Falcão. Uma amiga, contratada para fotografar no aniversário de 80 anos ao dizer
a ele que o quarto era pequeno, respondeu "Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja
pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas".
Ela
conseguiu um apart-hotel no centro da cidade, pois, o Majestic,
em 1982,
teve o prédio tombado, considerado um marco arquitetônico de Porto Alegre. Em
1983 foi transformado em centro cultural, passou a chamar “Casa de Cultura Mario Quintana”, e o quarto dele reconstruído em uma de suas
salas. Indicado por três
ocasiões para a Academia Brasileira de Letras, na quarta, não aceitou. Em 1980
recebeu o “Prêmio Machado de Assis” da Academia, e no seguinte, o “Prêmio
Jabuti” como Personalidade Literária do
Ano. Faleceu aos 87 anos, em Porto Alegre em 5 de maio de 1994, de problemas
cardíacos e respiratórios, e deixando as seguintes obras:
A Rua dos Cataventos
Canções
Sapato Florido
Espelho Mágico
Batalhão das Letras (Infantil)
O Aprendiz de Feiticeiro
Inéditos e Esparsos
Poesias
Pé de Pilão (Infantil)
Caderno H
Apontamentos de História Sobrenatural
Quintanares
A Vaca e o Hipogrifo
Esconderijos do Tempo
Nova Antologia Poética
Lili inventa o Mundo (Infantil)
Nariz de Vidro (Infantil)
O Sapo Amarelo (Infantil)
Baú de Espantos
Preparativos de Viagem
Da
Preguiça como Método de Trabalho
Porta
Giratória
A Cor
do Invisível
Velório
Sem Defunto
Sapato Furado (Infantil)
Eu
Passarinho (Antologia póstuma)
Água
Poema:
Quarteto e Terceto
Antologias
Nova Antologia Poética
Prosa & Verso
Chew me up Slowly (Caderno H)
Na Volta da Esquina
Objetos Perdidos y Otros Poemas
Nova Antologia Poética
Literatura Comentada
Os Melhores Poemas de Mario Quintana
Primavera Cruza o Rio
80 anos de Poesia
Trinta Poemas
Ora Bolas
Antologia Poética
Mario Quintana, Poesia Completa.
Poemas curtos em prosa
“Os verdadeiros poetas não leem os outros poetas.
Os verdadeiros poetas leem os pequenos anúncios dos jornais”.
“Antes, todos os caminhos iam. Agora todos os
caminhos vêm. A casa é acolhedora, os livros poucos. E eu mesmo preparo o chá
para os fantasmas”.
“A mentira é uma verdade que se esqueceu de
acontecer”.
“O tema é um ponto de partida para um poema e não
um ponto de chegada, da mesma forma que a bem-amada é um pretexto para o amor”.
Frases:
“A amizade é um amor que nunca morre.”
“Tão bom morrer de amor... e continuar vivendo.”
“A indiferença é a maneira mais polida de desprezar
alguém.”
“Uma vida
não basta ser apenas vivida: também precisa ser sonhada.”
“O verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas
não lê.”
“Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter
tempo de passá-la a limpo.”
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