terça-feira, 5 de maio de 2020

Mário Quintana


Mario Quintana, o “poeta das coisas simples”. Escritor, jornalista e tradutor, Mario de Miranda Quintana nasceu em Alegrete, Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1906. Aos 13 anos, mudou-se para Porto Alegre. Estudou no Colégio Militar. Precoce, desde a adolescência, escrevia na revista da escola. Trabalhou na editora e livraria "O Globo" e na farmácia de seu pai. Colaborou com jornais e revistas e traduziu dentre outros: Proust, Voltaire, Balzac, Virginia Woolf, Maupassant. Aos 21 anos perdeu seus pais. Aos 24 anos, morou no Rio de Janeiro por seis meses, retornando a Alegrete, até a morte. Seu primeiro livro “A Rua dos Cataventos”. Escreveu obras poéticas, e infanto-juvenis. A Linguagem simples, porém, fluida, introspectiva e, até irônica,  explorou principalmente o amor, o tempo e a natureza. Solteiro, sem filhos, viveu parte de sua vida em quartos de hotéis. No Majestic, morou de 1968 a 1980, desempregado, foi despejado e alojado no Hotel Royal, no quarto de propriedade do ex-jogador, e comentarista, Falcão. Uma amiga, contratada para fotografar no aniversário de 80 anos ao dizer a ele que o quarto era pequeno, respondeu "Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas". Ela conseguiu um apart-hotel no centro da cidade, pois, o Majestic, em 1982, teve o prédio tombado, considerado um marco arquitetônico de Porto Alegre. Em 1983 foi transformado em centro cultural, passou a chamar  Casa de Cultura Mario Quintana”, e o quarto dele reconstruído em uma de suas salas. Indicado por três ocasiões para a Academia Brasileira de Letras, na quarta, não aceitou. Em 1980 recebeu o “Prêmio Machado de Assis” da Academia, e no seguinte, o “Prêmio Jabuti” como  Personalidade Literária do Ano. Faleceu aos 87 anos, em Porto Alegre em 5 de maio de 1994, de problemas cardíacos e respiratórios, e deixando as seguintes obras:
A Rua dos Cataventos
Canções
Sapato Florido
Espelho Mágico
Batalhão das Letras  (Infantil)
O Aprendiz de Feiticeiro
Inéditos e Esparsos
Poesias
Pé de Pilão   (Infantil)
Caderno H
Apontamentos de História Sobrenatural
Quintanares
A Vaca e o Hipogrifo 
Esconderijos do Tempo
Nova Antologia Poética
Lili inventa o Mundo  (Infantil)
Nariz de Vidro  (Infantil)
O Sapo Amarelo (Infantil)
Baú de Espantos
Preparativos de Viagem
Da Preguiça como Método de Trabalho 
Porta Giratória 
A Cor do Invisível 
Velório Sem Defunto 
Sapato Furado  (Infantil)
Eu Passarinho  (Antologia póstuma)
Água
Poema: Quarteto e Terceto

Antologias
Nova Antologia Poética 
Prosa & Verso 
Chew me up Slowly (Caderno H)
Na Volta da Esquina 
Objetos Perdidos y Otros Poemas 
Nova Antologia Poética 
Literatura Comentada 
Os Melhores Poemas de Mario Quintana
Primavera Cruza o Rio
80 anos de Poesia 
Trinta Poemas 
Ora Bolas
Antologia Poética 
Mario Quintana, Poesia Completa.

Poemas curtos em prosa
“Os verdadeiros poetas não leem os outros poetas. Os verdadeiros poetas leem os pequenos anúncios dos jornais”.
“Antes, todos os caminhos iam. Agora todos os caminhos vêm. A casa é acolhedora, os livros poucos. E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas”.
“A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer”.
“O tema é um ponto de partida para um poema e não um ponto de chegada, da mesma forma que a bem-amada é um pretexto para o amor”.

Frases:
“A amizade é um amor que nunca morre.”
“Tão bom morrer de amor... e continuar vivendo.”
“A indiferença é a maneira mais polida de desprezar alguém.”
 “Uma vida não basta ser apenas vivida: também precisa ser sonhada.”
“O verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê.”
“Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo de passá-la a limpo.”




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