
Teve uma vida difícil, órfão de mãe com um ano e de pai com
10 anos, aos 16, casou-se com uma jovem de 15, Joaquina Pereira, e logo a
abandonou. Aos 18 ingressou na Escola de Medicina no Porto, e não concluiu o
curso por levar uma vida boêmia. Em 1845 publicou seus primeiros trabalhos
literários e no ano seguinte colabora com o jornal O Povo, e voltou a se apaixonar
fugindo com a jovem Patrícia Emília, poucos anos depois a abandona. Ingressou no seminário do Porto,
devido a uma crise espiritual, mas, deixa logo a vida religiosa. Seu amor por Jacinta Rosa, com quem não se casou mas, de quem teve os seus dois filhos. Conheceu Ana
Plácido, que era casada, e ela abandona o lar, para viver
com ele, e são processados e presos por crime de adultério, mas são absolvidos,
passando Camilo a viver com Ana, que tem um filho, supostamente gerado pelo seu antigo marido, Com uma família tão numerosa para sustentar, Camilo começa a escrever a um ritmo alucinante.
Em 1863, publica "Amor de Perdição", sua obra-prima, indo
buscar elementos para compor os personagens na sua própria vida: desequilíbrio
sentimental, amor proibido, o escândalo de adultério, os preconceitos e a luta
com as convenções sociais, a fatalidade do destino, que o consagrou como representante
do Ultra Romantismo Português, e o levou ao auge de sua carreira de escritor.
Propriamente cego em consequência de uma sífilis, e dois filhos, um com problemas mentais, não resiste a depressão, e se
mata com um tiro de pistola, em São
Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão, no dia 01 de junho de 1890.
Novelas Passionais
Onde Está a Felicidade? (1856)
Um Homem de Brios (1856)
Estrelas Funestas (1862)
Amor de Perdição (1862)
Estrelas Propícias (1863)
Amor de Salvação (1864)
Novelas de Aventuras
Os Mistérios de Lisboa (1854)
Livro Negro do Padre Diniz (1855)
O Esqueleto (1865)
O Demônio do Ouro (1874)
Novelas Históricas
O Santo da Montanha (1866)
O Judeu (1866)
O Senhor do Paço de Minães (1868)
Romances
Anátema (1851)
A Corja (1880)
A Brasileira de Prazins (1882)
Vulcões de Lama (1886)
Narrativas Satíricas
O Que Fazem as Mulheres (1858)
A Queda Dum Anjo (1866)
Poesia
Os Pundonores Desagravados (1845)
Nostalgias (1888)
Nas Trevas (1890)
Historiografia
Perfil do Marquês do Pombal (1882)
Memórias
Memórias do Cárcere (1862)
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