sábado, 21 de abril de 2012

Montado nas estrelas!








Sabe, aqueles dias em que te dá vontade de não ver ninguém.
De recolher-se. 
Olhar pro nada!
Então!

Sentado num canto da varanda,
um dos meus lugares prediletos,
fugindo  de janelas e portas.
Neste cantinho, procuro não pensar, reflito!
Luzes não me cegam,
Mesmo sendo hora da novela.
Sei pela claridade do relampejar de cada cena.
Melhor assim!
Parece que todo mundo pára nestas horas.
Menos eu!
Quiçá, você também!
Eles não desligam,
Eu sim. e você?
Com qualquer coisa que seja.
Inclusive o plim plim.
Ouço daqui os grilos,
sinto o vento dos morcegos em razantes,
parecem brincar de cuspir,
regurgitam o que restou das amêndoas,
ceifadas da frondosa árvore à minha esquerda.
Flutuo!
Furo nuvens.
Belas formas,
encontro os ventos,
do outro lado da montanha,
vindos do mar.
A umidade da floresta,
cria mais nuvens.
Vôo além delas!
Penso na via láctea,
Estrelas, quantas!
Posso tocá-las.
Focos de luz que se apagam e acendem,
São as estrelas invertidas.
que  me dizem para eu voltar.
A queda é livre.
Silêncio!
Mais um pouco,
Já ouço vozes.
Buzinas, cirenes.
Fogos.
A novela acabou,
o futebol começou!
Tenho que ter cuidado!
a rota da ponte aérea,
Passa por aqui.
Rota de choque?
Sei lá!
Só sei que estou aqui.
Voltei!


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