sexta-feira, 2 de março de 2012

Ria, Rio





Os portugueses chegaram por aqui,  não para fundar a cidade e sim para expulsar os franceses,  que tinham aqui fundado a França Antártica.
Ao verem nossa baía, chamaram-na de ria, pois, para eles:  rio, baia,lagoa, a todos denominavam ria, sendo um dos pontos turísticos de lá, a Ria de Aveiros,  que é uma lagoa, não tão bonita como a nossa, Lagoa Rodrigo de Freitas, que por si só encanta, com seu formato de coração, principalmente se visto do alto.

Por curiosidade a nossa já se chamou  "Lagoa de  Amorim Soares",  "Lagoa do Fagundes",  pois, era comum, dar o  nome dos proprietários, que adquiriam aquelas terras que a circundavam, e uma bisneta do Fagundes, ao casar-se com o oficial de cavalaria, o português, Rodrigo de Freitas de Carvalho, passaria a ser chamada de Lagoa Rodrigo de Freitas.

Quanto ao nome Rio de Janeiro, na verdade não se sabe ao certo como nasceu, há os que consideram ter sido em razão dos portugueses, confundirem a entrada da baía, com um rio, se levarmos em consideração que  além do explorador português Gaspar de Lemos, Pero Vaz de Caminha, escritor português, que dentre outras escreveu a carta  considerada a certidão de nascimento do Brasil e Américo  Vespúcio, mercador, navegador, geógrafo e, cosmógrafo italiano, dificilmente fariam tal confusão, se acredita que  Ria de Janeiro, abrasileiramos para de Rio de Janeiro.

O soldado Sebastião, alistara-se com a única intenção de dar força aos cristãos, então enfraquecidos, diante das torturas do Império. De início adminirado, o imperador, ignorando ser ele um cristão, faz dele capitão da guarda pessoal, a Guarda Pretoriana e, exatamente pela maneira branda que ele tratava os prisioneiros cristãos, o imperador Diocleciano o julga traidor, ordenando  a sua execução por meio de flechas, mas, salva-se, retorna, enfrenta o imperador, que ordena  que o prendam, espancando-o até a morte, sendo seu corpo jogado no esgoto público de Roma, vindo a ser canonizado pela Igreja, que manteve nas flechas o simbolismo, enquanto a história, dá como o edito que autorizava a perseguição  dos cristãos pelo Império ter sido publicado apenas em 303 d.C. e Sebastião viveu de 256 a.C. a 286  d..C. logo, a data tradicional do martírio não confere. Mas, salve São Sebastião!

Fácil  entender!

-  Professor, a questão é que o dia consagrado a São Sebastião, o 20 de janeiro, é feriado e o  1º de março, dedicado a fundação da cidade do Rio de Janeiro,  não o é.
-  Meu caro aluno, talvez entenda melhor, não a questão do feriado, mas, que Estácio de Sá funda a cidade, dando início a expulsão dos franceses, que lá estavam há dez anos. Foram dois anos de combates. Ferindo-se em 20 de janeiro, falece um mês depois, devido a uma flecha envenenada que lhe vazou um dos olhos.
-  Não estou entendendo!
-  Junte a flecha ao 20 de janeiro, e coloque o Sebastião no lugar do Santo
-  Ha! Ha! Ha! Piorou!
-  Ria não!
-  Difícil professor.
-  Veja bem: Ria virou Rio; janeiro, pelo mês da descoberta e.....
-  Professor, e onde entra o Estácio de Sá, pelo nome da rua da primeira "Escola de Samba"?
-  Claro que não, e sim pela flecha!
-  A de 20 de janeiro?
-  Sim,  a que levou do índio.
-  E a flecha do Santo?
-  A do Santo, é apenas  o simbolismo, ele ficou sendo o padroeiro da cidade.
-  Então o Sebastião, não foi em homengam ao Santo?
-  Isto, foi uma homenagem ao décimo rei de Portugal,  herdeiro do trono aos 3 anos, que assumiu a governança aos 14, cresceu educado pelos Jesuítas.
-  Ah! Sebastião era outro e não era santo, mas, os jesuítas, eram daquela turma, os mesmos do descobrimento?
-  Certo.  Sebastião, de adolescente, religioso fervoroso, chegou a adulto, sem experiência militar e política, acabou  morto em batalha aos 24 anos de idade.
-  Professor, agora entendi: residimos na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, sendo que o São é do Santo, Sebastião é do rei, Rio veio de Ria, e Janeiro do mês em que se deu a fundação.
-  É  por aí, e dá para confundir, mas o que importa é que o 1º de março,  é a data da fundação da cidade por Estácio de Sá no ano de 1565, e que não é feriado, sendo assim estamos comemorando 447 anos desta Cidade Maravilhosa.
-  Viva o Rio, professor!
-  Viva a Cidade Maravilhosa!  



Pintura a guache ano 1964 - do autor



Até a próxima

3 comentários:

  1. Sem palavras....
    precisamos conversar mais!

    ResponderExcluir
  2. Meu caro Antonio, ousamos dizer que 25 de janeiro é fixado (aniversário de fundação da cidade de São Paulo, até pelos cariocas) do que o 1º de março pelos próprios, muitos por assemelhação, fixaram, o 20 de janeiro, até pelas comemorações, que a data real ficou à sombra. Abraços.

    ResponderExcluir