terça-feira, 18 de agosto de 2020

Cora Coralina

 

Ana Lins dos Guimarães Peixoto, poetisa e contista brasileira. publicou seu primeiro livro já aos 75 anos. Tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional. Natural de Goiás, nasceu em 20 de agosto de 1889. Pai desembargador, nomeado por D. Pedro II. Cursou até a terceira série do primário, mas, aos 14 já escrevia poemas e contos. No jornal “A Rosa”, criado por amigas, publica suas obras. Em 1910 com o pseudônimo Cora Coralina, publica o conto "Tragédia na Roça". Com seu companheiro, advogado divorciado, vai morar em Avaré, interior de São Paulo. Convidada para a Semana de Arte Moderna, ele a impede de ir. Em 1934, morre seu companheiro, e ela sustenta os quatro filhos, com sua produção de doces, embora continuasse a escrever. Dizia que seus doces cristalizados, eram melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno. Vai para São Paulo, vende livros. Muda-se para Andradina, escreve para o jornal da cidade. Em 1951 candidata-se a vereadora, passados cinco anos, volta para sua cidade natal. Aos 70 anos, decide aprender datilografia e passa suas poesias e poemas as editoras. Aos 75 publica o primeiro livro "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1970, toma posse da cadeira nº. 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lança seu segundo livro "Meu Livro de Cordel", e a partir de 1980, o grande público, passa de fato a saber quem é Cora Coralina, principalmente pelos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade. Nos últimos anos de sua vida, com sua obra reconhecida participa de conferências e programas de TV. Recebe o título de Doutor Honoris Causa da UFG, e o "Prêmio Juca Pato", como intelectual do ano de 1983, com o livro “Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha”. Em 1984 ocupa a cadeira nº38 da Academia Goiânia de Letras. Cora Carolina, escreveu sobre seu tempo e sobre o futuro, enfatizando a realidade das mulheres dos anos de 1900. Faleceu em Goiânia, no dia 10 de abril de 1985. Em 2002, a cidade de Goiás marcada pela arquitetura dos séculos XVIII e XIX, recebeu o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, pela Unesco. A casa onde morou é hoje o museu da escritora. Demais obras: Estórias da Casa Velha da Ponte, contos, 1985;Os Meninos Verdes, infantil, 1980;Tesouro da Casa Velha, poesia, 1996 (obra póstuma);A Moeda de Ouro Que um Pato Engoliu, infantil, 1999 (obra póstuma);Vila Boa de Goiás, poesia, 2001 (obra póstuma);O Pato Azul-Pombinho, infantil, 2001 (obra póstuma). 


 

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