segunda-feira, 9 de setembro de 2019

A Literatura brasileira - o marco inicial

Quem gosta de livros e ama a literatura brasileira, sabe que a literatura brasileira, teve como marco inicial, dentro do contexto histórico, com uma minuciosa carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral, dando ao Rei de Portugal a notícia do “achamento” daquela nova terra, seus habitantes e costumes. Outros invasores escreveram sobre o Brasil, narrando suas aventuras e descrevendo para os europeus singularidades do país, seu clima, vegetação, e acidentes geográficos, dentre eles o holandês Hans Staden em “Duas viagens ao Brasil”, e o francês Jean de Léry em “Viagem à terra do Brasil”. 

Mas, a literatura propriamente que dá início a literatura brasileira, se divide em dois tipos de textos: a literatura de viagens, e a literatura Jesuítica. Alguns viajantes, em razão, de cuidarem de engenhos, da administração, da coleta de impostos para Portugal, foram compilando detalhes da nova terra.  Pero de Magalhães em sua obra “Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil” de 1576, foi o primeiro a colocar das vantagens da imigração para o país; “Tratado Descritivo do Brasil” de Gabriel Soares de Sousa de 1587, descreve as riquezas da nova terra; “Diálogos da Grandeza do Brasil” de Ambrósio Fernandes Brandão de 1618, coloca em sua obra, um diálogo, em que um personagem fala sobre as maravilhas do solo, da vegetação e do clima e o outro contesta. Na Literatura Jesuítica os missionários católicos tiveram papel fundamental, devido a atividade cultural. Manuel da Nóbrega (1517-1570) chefiou o primeiro grupo que veio para a nova terra, desenvolveu e coordenou o trabalho de catequese de crianças, indígenas e os filhos dos colonos estabelecidos aqui. Colaborou na fundação de Salvador e Rio de Janeiro, e escolheu o lugar onde seria fundado o Colégio São Paulo, que deu origem a cidade, além da ajudar na pacificação do índios tamoios, que haviam se aliado aos franceses. Entre seus escritos mais valioso estão, “Diálogo Sobre a Conversão do Gentio” primeira obra em prosa e Cartas do Brasil; enquanto José da Anchieta (1534-1597), compôs uma obra extensa e diversificada, escreveu poemas líricos, cartas, textos informativos sobre o Brasil, sermões, e tendo aprendido a falar em tupi, traduzindo para a língua dos índios o  catecismo, e escreveu a primeira gramática do tupi “A Cartilha dos Nativos”, “Poema à Virgem), “Os feitos de Mem de Sá”, “Arte e Gramática da língua mais usada na costa do Brasil”, “Carta da Companhia”. Em abril de 2014 foi canonizado, sendo o terceiro santo brasileiro.


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