domingo, 1 de junho de 2014

Estupidrômetro.

Ser escritor é se dedicar à arte de contar histórias, por meio de palavras, contribuindo para a literatura. 
Impressas, quem lê, ouve a voz, sente as sensações, e transforma-se no próprio escritor.
 Ao "entrar dentro do livro", quem lê, tem a sensação de um orgasmo.
Pela escrita, conhece-se o mundo que ainda está por vir, vivenciamos o nosso tempo, e os de outrora.
Assim foi, que conhecemos, por exemplo, Portugal, por Fernando pessoa, a Bahia por Jorge Amado, os indígenas por José de Alencar, e o Rio de Janeiro por Machado de Assis.
E justo Machado, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, e natural do próprio Rio de Janeiro, querem atingir.
Com Monteiro Lobato, ao acharem que seus textos eram racistas, quiseram tomar-lhe as obras, ficando nítido que esta turma que não tem nada a fazer, não leu outros tantos autores, que dentro da liberdade de expressão, mancharam mais que Monteiro, com o negro, o sexo e a religião, as páginas brancas de seus livros. Agora para que os que não o alcançam Machado, possam ler, suas obras serão reescritas. 
No meu período de estudante, tinha o prazer de pegar o trem, saltar na Central, e ir a pé, até a Biblioteca Nacional, ou ao Gabinete Português de Leitura, para fazer pesquisas, e mesmo que ali não fosse, em casa, ou na escola, havia sempre um dicionário ao meu lado para tirar dúvidas. 
Se o incentivo da leitura, veio dos meus pais, continuou com os professores, um dos quais me ensinou ao consultar uma palavra no dicionário, correr os olhos nas demais, nas páginas à minha frente, assimilando não somente a que procurava.
Ora, se chegaram a conclusão que os jovens, e os que não atingem o bom vernáculo, não entendem Machado, deveriam incentivar esta juventude, e os sem alfabetização plena, para fazer bom uso de uma ferramenta atual, a internet, que tira quaisquer dúvidas na hora.
No entanto, mais uma vez o Estado se mete, e torna oficial a proposta execrável de um qualquer.
Conservo pequena biblioteca em casa. A coleção “Os Pensadores”, chamou a atenção de meu genro, e fico a pensar o que faríamos para que os jovens entendessem Kant, Marx, ou Nietzsche, ou Tom Jobim, estudioso de Villas Lobos e Debussy, se reescreveria seus versos, e para os jovens entenderem, passássemos para o  funk, ou o rap?
Se pudéssemos ter uma “estupidômetro” para medir tal imbecilidade, ele explodiria.
Não restam dúvidas! O Brasil, passa por uma fase ruim, para o populismo, politicamente correta, pois, para dar certo, tudo é nivelado por baixo.
Será que Machado de Assis, só serve as elites, e baixar o nível, passa a  ser mais democrático? Não, é justamente o contrário.


Lamentável! Mais uma bolsa para o povão, como se a gratuidade do Estado fosse a solução, o que está longe de ser, já que estas ações, empobrecem a língua, e mantém o atraso cultural.